22 janeiro 2005

Com o título: «RISCO DE "MORTE SOCIAL"»

o Público divulgou ontem, (hoje, quando escrevo), dados de um relatório (ainda em finalização) de um estudo, intitulado "Tipificação das situações de exclusão em Portugal continental", encomendado pelo Ministério da Segurança Social, Família e da Criança.


As conclusões divulgadas indicam que foram categorizados seis(6) grupos de concelhos com diferenciadas situações-tipo de inclusão/exclusão social.
O "tipo 6" é o que apresenta maiores traços de exclusão social sendo referido que,"(...) de positivo pouco mais têm que uma taxa de criminalidade pequena(...)".
É neste tipo que estão incluídos 68 (cerca de 1/4) dos concelhos, situados nas regiões de: Trás-os-Montes; Dão-Lafões e Baixo Alentejo.
As características indicadoras da "morte social", em consequência da esclusão, passam por: excessiva ruralidade com peso relevante do trabalho agrícola; défice de infra-estruturas; taxa de analfabetismo na ordem dos 17,26%; alta taxa de desemprego (em 26 concelhos é superior a 10%); apresentam os piores valores do IRS, "per capita".
O estudo conclue ainda que este território, habitado por 7,8% da população portuguesa, " (...) está deprimido, empobrecido e desqualificado".
De acordo com a notícia o relatório está disponível no site do ministério em: «».
Certo é que à hora em que coloco esta informação no blog ainda lá se não encontra.
Vale a pena procurar o relatório e fazer uma leitura atenta, para melhor percebermos o atraso, bem como o risco, em que o país se encontra.

4 comentários:

Luís Filipe C.T.Coutinho disse...

Sem querer ser mal interpretado. Portugal é um país com fama e proveito de pais solidário com as mais diversas nobres causas, no entanto essas nobres causas são sempre em vista de outros que não os do seu próprio país, se ao igual q são desenvolvidas campanhas de apoio e ajuda humanitária como a do sudeste asiático, fossem desenvolvidas campanhas de apoio para o auxilio às familias carenciadas ou
á criação de estruturas de desenvolvimento e apoio Às populações dessas denominadas zonas de risco, talvez estivéssemos um pouco melhor não?


ps: eu sou proveniente do baixo alentejo e estou próximo desse tipo de realidade social, além disso faz parte da minha formação académica, entender essa realidade e criar condições para remediá-la ou evitá-la. Estudante da licenciatura de sociologia

Conceição Paulino disse...

contador de histórias - VIVA :) és do Baixo Alentejo, de onde e onde estudas?
Desculpa a curiosidade. Afinidades! Também sou, apesar de agora estar bem a norte.
O k dizes é certo. A situação portuguesa não se condói com movimentos de solidariedade, embora estes sejam necessários (solidariedade horizontal. As políticas sociais é k necessitam de levar uima grande volta.As solidariedades só podem e DEVEM (em minha opinião) ocupar os espaços intersticiais. O k se verifica é k os espaços intersticiasi são o todo k fica vazio....
Bjs e :) p/ domingo!

Luís Filipe C.T.Coutinho disse...

Olá Tmara.

Sou de uma pequena cidade do interior, Moura ( não confundir com mora, nem mourão nem amora). Fica a 50 km de Beja. No entanto estou em Évora há 5 anos a fazer a licenciatura em sociologia. E tu de onde és?


beijos e bom domingo

Conceição Paulino disse...

Olá contador de histórias :) Beja! Nacida e criada na R. de Gomes Palma, a 50 metros do Liceu. Bela terra a tua. E Évora sempre foi uma cidade encantadoramente bonita e + desenvolvida do k Beja (nos idos). Tenho ido a Beja com regularidade 2 vezes ano (4 dias de cada vez, mais ou menos).Bjs e ;)