29 novembro 2008

TEIAS DE AMIZADE

Ora aqui está uma bela designação: Teias de amizade!

Por norma respondo o a estes desafios, pois ajudam-nos a perceber melhor a pessoa que está do outro lado e que nos habituámos – por puro gosto - a ler.

A estas TEIAS DE AMIZADE fui desafiada pela Alice no seu MultiplyLand.

As regras são simples, como convém:

1 - Indicar o contacto que nos convidou;
2 - Publicar as regras no nosso Multiply;
3 - Escrever 6 pequenas frases que achamos de nós definem alguns aspectos. Gostos, interesses, etc;
4 –Passar o desafio a 6 contactos no final do post;
5 - Deixar uma mensagem no guestbook de cada um/a para que saiba da brincadeira e que foi desafiado/a;
6 - Avisar quem nos desafiou de haver aceite a brincadeira e assim tecer colectivamente, mais um pouco a Teia de Amizade.

E aqui deixo vos deixo seis coisas sobre mim

1 – Tenho um sonho. Um dia o mundo será de todos os animais - os humanos e os outros - em coabitação pacífica e tudo será de todos. Nem fome nem guerras, nem exploração. As portas das casas só existirão para protecção climática.

2 – Respeito cada um pelas qualidades humanas que comporta. Não porque é VIP, famoso, rico/a, ou pode ser um “degrau” para a fictícia escalada social que tantos e tantas almejam.

3 – Sou dura na frontalidade de dizer das coisas eticamente incorrectas ou que prejudicam terceiros. Tenho o mau hábito da frontalidade e defesa das verdades que conheço, mesmo que não me toquem directamente. Lembro sempre que “o outro sou eu”.

4 – Amo minhas filhas e netas com amor incondicional.

5 - Amo a vida e as coisas simples do dia a dia e nelas encontro momentos de alegria e energia que me renovam perante muitas asperezas com que todos nos defrontamos.

6 – Acredito que o corpo é um habitáculo que usamos transitoriamente, pois creio sermos partículas de um todo eterno, e que todos os seres – não só os humanos -são companheiros da aventura da vida.

ESTÁS DESAFIADA/O A VIR ENRIQUECER A NOSSA TEIA DE AMIZADE:

26 novembro 2008

2 textos no âmbito do 8º Jogo das 12 Palavras


a batalha maior

havia algum tempo que estranhos pensamentos se infiltravam. primeiro no sono. os sonhos fugindo ao seu controlo. trazendo despojos de pensamentos que sempre rejeitara. mais tarde, ao longo do dia. com aleivosia. apanhando-o desprevenido. inquinando-o.

hoje acordara no silêncio da madrugada com uma sensação incomum. uma intensa comiseração tomara-o de assalto. vinham-lhe ao pensamento os sem-abrigo - com que sempre se cruzava no regresso ao confortável andar num condomínio de luxo. fechado castelo de senhor feudal – os trabalhadores por conta de outrem endividados...no banco expondo razões – tantas tão válidas afinal - pedindo-lhe possíveis renegociações comportáveis com os seus parcos rendimentos face ao desequilíbrio provocado pelo agravamento do custo de vida – e, contra o usual, um sentimento de dor tomava-o.

sempre detestara emoções que a mãe denominava de “humanas”. O rosto da nossa humanidade dizia ela: caridade; empatia; solidariedade; compaixão….sim, pensava de si para si. tudo isso é muito bonito desde que daí me advenham benefícios. lucros. vantagens sob alguma forma….

o misticismo da mãe bulia-lhe com o sistema nervoso. considerava-o fragilidade de espírito. nada mais. chamasse-lhe ela o que quisesse.

as longas histórias que, em criança, lhe contava de quando partira para a Índia em busca de desenvolvimento espiritual – a maior preciosidade de qualquer ser humano. de como encontrara um guru e como passado alguns meses partira para as montanhas - com a roupa do corpo, uma velha manta, um púcaro, um tacho e uns bocados de pão - e se isolara durante mais de um ano num eremitério que nada mais era do que uma pequena caverna em que nem de pé cabia…
falava-lhe da importância das mãos – instrumentos de trabalho e sobrevivência – de como elas urdiam roupa com plantas que colhia na montanha e assim se protegia de morrer congelada, de como ganhavam vida própria e com ervas e flores que colhiam amassavam unguentos com que massajava o dorido corpo. de como, com suavidade e gratidão, arrancavam pedaços de gelo ao sincelo que durante mais de meio ano emoldurava a entrada da caverna, quase a fechando por vezes e assim sempre tinha a vital e pura água - de oração e prece, de agradecimento, e ainda universais símbolos de paz e fraternidade.

e as histórias e conselhos da mãe, que antes ouvia como fantasias ou delírios de um espírito frágil, dominavam-no com uma realidade que nada do que sempre fora importante para ele detinha agora.

reuniu a direcção do banco e passou a presidência alegando razões pessoais - de vida ou morte.
pensaram-no atacado por doença mortal, mas ninguém ousou inquirir. sabia que assim seria. nunca lhes dera espaço para qualquer intimidade, por mais banal.

a ânsia de ver, de viver na infinitude branca e silenciosa de que a mãe lhe falara e de se encontrar ganhara finalmente a batalha.

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no silêncio do entardecer o olhar enche-se de misticismo ao fitar a preciosidade que a água urdiu pendendo dos telhados e das árvores. sincelo feito luz e transparência. suave unguento envolvendo, transformando o mundo num imenso eremitério de calmaria e contemplação.

a medo, não quebrasse a infinitude de brancura que tudo recobrira estendi os braços e, a mãos ambas, sem aleivosia nem comiseração, acariciei as formas pingentes, como quem abarca o mundo feito alimento-pao do espírito.

23 novembro 2008

e a festa do lançamento do "22 OLHARES SOBRE 12 PALAVRAS"

foi um momento raro de partilhas verdadeiras, de "re"-conhecimentos, de vibrações, de humanidade...
Aquela que nasce da fraternidade sem barreiras nem preconceitos.

Podem ver o slide-show, sentir o ambiente e ler os testemunhos de quem esteve e vou encontrando espalhados, no 22 Olhares sobre 12 Palavras.

Dia 5 de Dezembro faremos a festa em Lisboa, na Livraria Barata, à Av de Roma - 19h30. A Raquel fez um mapa para quem necessitar:



E deixo aqui, a perfumar o ar e a manter o olhar colorido, flores que um ser maravihoso me enviou.

21 novembro 2008

CONVITE - venham fazer a festa do "22 OLHARES SOBRE 12 PALAVRAS" CONNOSCO



Contamos ainda com os amigos


- Estefânia Estevens - cantora
- Francisco José Lampreia - poeta (diseur)


- Carlos Andrade, voz e viola


que darão mias cor, vida e alegria á festa. Traz outro amigo também...

18 novembro 2008

ACRÓSTICOS NO ÂMBITO DO 7º JOGO DAS 12 PALAVRAS - 2ª e última parte


esforço

Escuridão é falaz quebra de
Sintonia. capitulação da luz.
Fugaz quebra de harmonia
Obreira de bailarinos gestos de
Revolta, em galanteio à liberdade
Cama onde nasce o sentimento
Obreiro de nossa humanidade.

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bailado

Bebe-se o néctar da capitulação
Amargo gosto e gesto na
Imensidade da escuridão. des-harmonia da
Luz que num esforço falaz
Afoita-se a um galanteio-sintonia
Risonha liberdade conquistada
Impoluto sentimento
Nascido nos seres no ignoto lugar da
Alma que o corpo anima.

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luz bailarina

LIBERDADE sem CAPITULAÇÃO
Ultimo baluarte de HARMONIA
Zelosa SINTONIA, GALANTEIO.

Beleza de GESTO não FALAZ
Alimento do SENTIMENTO
Improvável sonho sem ESFORÇO
Lapidado em noite de luar
Alumiando a ESCURIDÃO
Recortando as figuras dos amantes
Interrogando a vida
No sonho vivido a dois
Até à almejada eternidade.

13 novembro 2008

A Palavra "Pureza" no Fotodicionário


O meu olhar sobre a palavra PUREZA e uma das imegens com que participei no FOTODICIONÁRIO da M, esta semana.
Podem ver lá muitas, variadas e belas representações de "pureza" por outros participantes.

07 novembro 2008

no 6 de Novembro de 2008

Para além das palavras amigas recebi flores dos jardins pessoais de:

A todos estes amigos e amigas e ás dezenas que, via telefone/voz ou SMS's, e por email me enviaram belas, ternas e solidárias palavras de amizade, o meu bem-haja.

03 novembro 2008

ACRÓSTICOS NO ÂMBITO DO 7º jOGO DAS 12 PALAVRAS



rendição

Hoje a escuridão rendeu-se.
A capitulação deu-se sem esforço.
Recuando deixou a luz, em
Movimento e sintonia,
Ocupar todo o espaço
Num gesto de galanteio. leve e
Intensa bailarina entregue
Ao sentimento da falaz
........................ liberdade




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capitulação



Com gestos de bailarina,
A harmonia da luz, sem esforço,
Penetrou a escuridão. suave
Intimismo, falaz galanteio
Tom musical, sintonia
Única voz de pura
Liberdade e sentimento
Aurora do novo mundo que
Começa aqui e agora, connosco
Ao dealbar da vida nos
Olhos de quem crê e vê.



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galanteio

Gestos de liberdade
Amanhecem sem capitulação na
Luz criada pelos bailarinos
Abarcando a falaz escuridão
Nocturna. sintonia
T
ransfigurada em harmonia sem
Esforço, no galanteio do
Imoto corpo, no ar, suspenso, em
Oferenda ao sentimento.



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falaz galanteio


Feliz está o bailarino
Ave em voo. harmonia.
Liberto da gravidade -
Arte em movimento.
Zénite de luz.

Gesto e sentimento -
Alça o corpo em total sintonia
Liberdade sem esforço
Aparente. Pena no ar, rodopio que
Nada pode impedir ou combater. em
Total equilíbrio e beleza a
Escuridão ilumina-se por
Inteiro. rendida em capitulação.
Olvidada do seu eterno combate.



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liberdade e sentimento



Liberto da lei da gravidade,
Imutável mas falaz princípio, o
Bailarino eleva-se sem
Esforço. aparenta ave em voo,
Radioso corpo de luz,
Dardo atravessando o espaço
A recriar a harmonia do gesto
Do início do mundo
Em magia primordial e

Sintonia com a vida. rompe a
Escuridão sempre anunciada
Nos livros que falam do fim de
Tudo o que existe e do
Irado julgamento final onde
Mulheres e homens responderão,
Em opróbrio, por seus humanos actos,
Naturalmente em capitulação
Total sem que um galanteio
Ou piedoso gesto os liberte.
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escuridão



Em esforço não falaz e
Sintonia com a luz da vida, luta-se
Contra a capitulação com gestos
Urdidos em liberdade. bailarinos
Invencíveis no sentimento
Decorrentes da harmonia
Abrigo da essência do ser, galanteio
Ondulante onde nos renovamos.
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