Aceite. Não necessariamente justificada.
Discordância - semente - crescimento.
Som cristalino destinado a repor a unidade.
Bati á tua porta e um eco me respondeu.
Fiquei. Docemente embalada
no que o eco me trazia.
Bati à tua porta e só a minha voz
ouvi. E pus-me a bater, como louca.
A bater mais e mais e sempre....
E cada vez que batia andava,
no espaço, um percurso ao contrário.
E louca, batendo àquela porta,
descobri, que desde sempre,
era eu quem respondia.
recuei recuei recuei recuei ...
Não encontrei a tua voz. Só murmúrios.
Não encontrei o teu calor. Só cinzas.
Não encontrei o teu gesto. Só o esboçar.
Bati a uma porta. Bati a todas
as portas que encontrei. Sendo
todas as portas a tua, a mesma,
hermeticamente fechada.
(Do livro: AS TAREFAS TRANSPARENTES)
2 comentários:
Viva, sou eu, o Mário, de novo. Gostei mmuito do teu conto em duas partes (deixei comentário no 1º). Também gosto dos poemas. Este de hoje, .., bem acho que todos, ou a maioria de nós, já passou por aí. Faz-nos sentir o que já vivemos. Levanta as emoções enterradas. Faz doer um poucochinho, mas talvez por isso seja um bom poema.
Ciao
Olá Mário
Um pouco tardiamente, o meu obrigada pela visita e opinião.
Bj
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