E no entanto o gesto suicida
de jogar para o papel os sentimentos
sem rever.
Porque afinal os sentimentos
não se podem rever e ajeitar.
O peso das palavras, do que digo,
que os outros me devolvem como um fardo
e porque o medo surge donde não espero
e eu hesito, se mando ou não, se vai doer algures
e eu.... não quero
busco saber como se sente o outro.
E num gesto que é já revolta
meto tudo e mando. Porque se não sei
que estranho mal ando espalhando
se não sei onde firo e sangro
então, melhor é deixar correr a voz que fala
e não sei donde vem,
pois as consequências não alcanço.
Mas porque o medo existe, eu falo.
Agora de mim falando, tentando
que as palavras façam sentido e eu perceba
porque tanto perigo há em falar
dizendo o que sinto, como em calar...
E assim busco
nestes pássaros loucos que voando sussuram
um som estranho
que ninguém entende.
nem eu, que os solto, em bando!
(Inédito)
2 comentários:
Olá TMara,gostei muito deste poema. Sabes como é, gosta-se mais duns...Sintonias.
Continua. Bejs- Mário
Olá @-',-- É smp bom ter notícias.
Bj
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