Acordou e interrogou-se. Por que razão estava ali, naquele quarto, naquela cama?
Levantou-se e caminhou procurando orientar-se e encontrar a porta para a rua.
Eram longos os corredores da casa.
Grande. Vazia. Cheia de silêncios.
Devagar foi caminhando até saber que chegara à porta que conduzia à rua.
Percorrera quase toda a casa e não encontrara ninguém. Não ouvira qualquer ruído indicador de que, para além de si, mais alguém se encontrasse na casa.
Abriu a porta e saiu. Um patamar. Umas breves escadas e...a rua.
Foi sempre caminhando. Não via ninguém.
Sentia os ruídos da vida, o sopro do vento e o ar, vivo, a entrar-lhe nos pulmões.
Porque estava ali e não em casa? Na sua pátria?
Caminhou como quem conhece o caminho.
Foi dar a um imenso campo, jardim ou bosque. Procurou-lhe o ponto central e deitou-se, de costas. Abertos os braços, em cruz. As pernas abertas também, ligeiramente afastadas.
A tocar a maior superfície possível de terra com o seu corpo franzino.
Os olhos mantinham-se abertos desde que acordara. Lá no alto estava o céu, mas não o via. Sentia. Só sentia.
Sentia o frémito da terra-mãe debaixo do corpo. Sentia um vento gelado a fustigar-lhe o corpo, mas não sentia frio. Ouvia, dentro de si, mais profundamente do que ao nível simples dos ouvidos, a conversa murmurada das plantas rasteiras e do arvoredo.
Levantou-se e caminhou procurando orientar-se e encontrar a porta para a rua.
Eram longos os corredores da casa.
Grande. Vazia. Cheia de silêncios.
Devagar foi caminhando até saber que chegara à porta que conduzia à rua.
Percorrera quase toda a casa e não encontrara ninguém. Não ouvira qualquer ruído indicador de que, para além de si, mais alguém se encontrasse na casa.
Abriu a porta e saiu. Um patamar. Umas breves escadas e...a rua.
Foi sempre caminhando. Não via ninguém.
Sentia os ruídos da vida, o sopro do vento e o ar, vivo, a entrar-lhe nos pulmões.
Porque estava ali e não em casa? Na sua pátria?
Caminhou como quem conhece o caminho.
Foi dar a um imenso campo, jardim ou bosque. Procurou-lhe o ponto central e deitou-se, de costas. Abertos os braços, em cruz. As pernas abertas também, ligeiramente afastadas.
A tocar a maior superfície possível de terra com o seu corpo franzino.
Os olhos mantinham-se abertos desde que acordara. Lá no alto estava o céu, mas não o via. Sentia. Só sentia.
Sentia o frémito da terra-mãe debaixo do corpo. Sentia um vento gelado a fustigar-lhe o corpo, mas não sentia frio. Ouvia, dentro de si, mais profundamente do que ao nível simples dos ouvidos, a conversa murmurada das plantas rasteiras e do arvoredo.
(continua)
2 comentários:
Bem escrito e intrigante. Fico à espera da continuação.
Bj Manuela
Olá ;))
Bem-vinda manuela. Continuarei na 2ªf.
Bom domingo ;)
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