27 novembro 2004

HISTÓRIA DE UM "QUOCIENTE APAIXONADO"

Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.

Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides.

Fez da sua
Uma vida
Paralela a dela.
Até que se encontraram
No Infinito.

"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."

E de falarem descobriram que eram
- O que, em aritmética, corresponde
A almas irmãs -
Primos-entre-si.

E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Rectas, curvas, círculos e linhas senoidais.

Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclideanas
E os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram se casar

Constituir um lar.
Mais que um lar.
Uma Perpendicular.
Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissectriz.

E fizeram planos, equações e
diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.

E se casaram e tiveram
uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
Vira monotonia.

Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.

Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo.
Uma Unidade.
Era o Triângulo,
Tanto chamado amoroso.

Desse problema ela era a fracção
Mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a
Relatividade.

E tudo que era espúrio passou a ser
Moralidade
Como aliás, em qualquer
Sociedade.


(Autor desconhecido -circula livremenmte por aí, na net!)

5 comentários:

Anónimo disse...

epa..adorei..mesmo..bela maneira de falar sobre mt coisa no amor sem falar... hehe fica bem :)

Conceição Paulino disse...

ôi Lana, está giro, não está?
Bjs :))

Fata Morgana disse...

GE-NI-AL!
TMara, se descobrires o autor avisa, que eu quero ter uma conversinha com ele... apesar de ser "uma mulher de letras"! ;)

Conceição Paulino disse...

Para FataMorgana: OK! Beijo :)

Anónimo disse...

Quem te disse que esse texto nao tem autor conhecido?!! O autor dele é Millor Fernandez...