26 outubro 2005

Era uma vez....

... um mundo onde havia um muro que dividia uma cidade.

Todos os habitantes desse mundo (menos uns quantos) se sentiam envergonhados e o muro começou a ser chamado "O muro da vergonha" e assim ficou na história.

Um belo ano o muro foi deitado abaixo.
Os cidadãos das duas metades da cidade dividida vieram para a rua ajudar a derrubá-lo e houve pessoas que viajaram de outros países para rejubilarem com tal e participarem activamente na demolição e poderem , um dia, emocionados, dizer aos filhos e aos netos: "eu estive lá".

Foi uma emoção que percorreu o planeta e os sorrisos rasgaram-se nos rostos.

Mas como não há um sem dois, eis que um país que se diz pacifista, não terrorista e democrático, paladino-afilhado dos campeões da democracia, da liberdade e da paz, ficou cheio de pena pela perda de um tal marco da qualidade moral e ética da humanidade e resolveu erguer outro.


Só que agora o silêncio é total, ninguém fala do "Muro da vergonha 2"!

O que nos vai valendo é a capacidade de ainda brincar que muitos dos cidadãos murados, isolados, espoliados, vão tendo.

Porque a liberdade vive enquanto houver um só homem que tenha esse sonho e seja livre no coração e no intelecto.

16 comentários:

Anónimo disse...

Minha querida,
Os muros caem, mas os corações não entendem. É muito triste.
Te deixo um beijão

Anónimo disse...

Para se pensar na mensagem que nos transmite o seu texto. Beijinhos.

Å®t Øf £övë disse...

TMara,
Gostava que passasses lá no "ATORDOADAS" para "comeres" uma fatia de bolo pelo 1º aniversário.
Bjs.

Anónimo disse...

Serão os nossos filhos ou netos a rejubilarem por esse dia. É sim, o muro da vergonha 2! Fizeste-me lembrar a canção do Jonh Lennon " Imagine". Bjitos, TMara :-)

isabel mendes ferreira disse...

e x c e l e n t e POST. contra a vergonha colectiva. beijos ternos.

Anónimo disse...

É a tristeza humana, por mais que tenhamos lindas pessoas que entendam e sintam o que é o Bem, o Belo, o Justo, entre trabalhadores comuns, artistas e filósofos, parece-me que ainda falta ao mundo a visão de conjunto. Não que para isto precisemos desconstruir nações, é possível, eu creio nisso, termos uma mentalidade do bem global, sem que com isso nossa diversidade cultural, étnica, religiosa tenha que deixar de existir.
Beijo de luz!

hfm disse...

Gostei de ler.

agua_quente disse...

Não posso estar mais de acordo com o que dizes no teu post. Porque é que desta vergonha quase ninguém fala?
Beijos, amiga

maresia_mar disse...

Olá Tmara,
o problemas são os muros que criamos no nosso próprio coração (o da indiferença, do ódio, do egoismo, etc, etc). Esses é que são dificeis de derrubar!
Gostei muito deste teu post.
Um beijinho de preferência com o ar do rio Douro

Anónimo disse...

Parece que a natureza humana não se contenta com os muros invisíveis que se vão criando, ainda tem que construir muros reais. Este é tão vergonhoso como o outro, só que quem o ergueu está aparentemente impune para este tipo de acções. Lamentavelmente.
Beijinhos, amiga

Anónimo disse...

Subscrevo o que disseste, cara amiga. Parabéns pela oportunidade do texto.
Aproveitando o ensejo, peço-te que dês uma olhadinha lá na ilha.
Um beijo solidário.

lena disse...

sim enquanto houver um só homem na terra vive a liberdade, nem que seja em sonho
concordo com o que escreves, temos que saber mudar mentalidades, é vergonhoso o que se passa

beijinhoa

lena

mfc disse...

A esperança daquele Outubro de 89 em que caíu o Muro de Berlim, desvaneceu-se com com a construção dessa aberração desse novo muro da vergonha na Palestina!!
E a Europa das liberdades, timidamente assobia para o lado!

Anónimo disse...

eu como sempre passo de fugida para deixar um beijo..mas assim é bom..ocupada nao penso :P
bigada pelos jinhos k vais deixando no meu blog...eu n respondo mas de x em kuando vejo :)

Ana disse...

Sonhando com a liberdade... chegará o dia em que alguém deitará abaixo o novo muro!

Um beijo.

Eva Lima disse...

Os muros de betão ddeitam-se abaixo mais cedo ou mais tarde. Pior são os muros entre povos, religiões, credos políticos.


Obrigada por falares disso