09 junho 2005

A mudança de mentalidades: devagar vai" esperamos é que...desta vá!

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A MUDANÇA DE MENTALIDADES: devagar vai! Esperamos é que...desta, vá!

De acordo com o D.N de 8 de Junho de 2005 (20) são os seguintes os números referentes à violência doméstica (fenómeno social transversal a toda a sociedade portuguesa):
• + 85% das vítimas são mulheres, maioritariamente entre os [18-36] ;
• em + de 90% dos casos o agressor é do género masculino – marido; companheiro; ex-companheiro (lembremo-nos que sempre que este tipo de violência é exercida sobre as mulheres, as crianças desses agregados são, de forma directa ou indirecta, vítimas da mesma);
• nº de óbitos (mulheres) por violência doméstica, entre Janeiro e Novembro de 2004 – 47;
• é de 20 MIL o nº de queixas e pedidos de ajuda, às diferentes ONG’s, na sequência de surtos de violência doméstica;
• 64% do total das queixas reportam à violência psíquica e 31% aos maus-tratos físicos;
• a violência doméstica exercida sobre os homens e idosos têm vindo, a tomar visibilidade.


Estes dados foram divulgados na sequência do Seminário sobre o Tráfico de Mulheres e a Prostituição, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, promovido pela Embaixada da Suécia, Instituto Sueco de Estocolmo e CIDM.
De destacar que a legislação sueca define, desde 1999, a prostituição: “como uma forma de violência masculina contra mulheres e crianças” punindo tanto o proxeneta como o cliente.

Os números das Nações Unidas, sobre tráfico de pessoas e prostituição, apontam para números como 4 milhões/ano de pessoas do sexo feminino, vítimas de tráfico.
A organização Internacional para as Migrações prevê que, pelo menos, 500 Mil mulheres sejam vendidas/ano nos mercados de prostituição da Europa (Portugal incluído).

A Assembleia da República – Comissão Parlamentar da Saúde -avança com estudo sobre a realidade do Aborto em Portugal.


Um conjunto de “SES”:
Realizado este estudo, amplamente divulgados os seus resultados, cruzando-se estes com os números referentes à violência doméstica exercida sobre as mulheres, o país terá dados para um debate sério e ponderada reflexão que evitem mais uma vez o “enterrar da cabeça na areia” quando chegar a hora do debate e votação referendária sobre o aborto.

6 comentários:

Anónimo disse...

Como diz o velho ditado "mais vale tarde que nunca" , resta-nos esperar.... Um beijo enorme e bom fim de semana

JPD disse...

Olá TMara!

Os tempos que correm são de uma violencia e de um radicalismo inqualificáveis: é compreensível e aceitável fustigar, massacrar, violentar mulheres, crianças, desprotegidos? A resposta é óbvia. Como se explica então esta onda crescente de violência fora e dentro da família? Nas sociedades ditas evoluidas e saciadas há "animais?" A equidade de direitos e deveres é meramente retórica? A constituição da violência doméstica tendo sido classificada como crime público tem de alguma forma impedido que a sua proliferação decresça? O Estado fazem justiça, protegem os mais fracos e desprotegidos? As penas aplicadas pelos tribunais têm comp+onentes pedagógicas para os violentadores?
Bjs

Daniel Aladiah disse...

Querida TMara
Felizmente, vivemos tempos de mudança, que tenderá a acelerar-se também neste domínio.
Um beijo
Daniel

lique disse...

Queria muito acreditar que vai ser assim. E, de certeza, farei tudo o que puder para que seja. Mas não estou 100% segura. Ainda não mudaram assim tanto as mentalidades. Beijinhos e bom fim de semana

SL disse...

Sejam benvindas as mudanças para melhor!
Jinhos

Micas disse...

É o que realmente faz falta a Portugal; mudar mentalidades...Beijos e bom fim de semana