O SORRISO
Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.
O SAL DA LÍNGUA
Escuta, escuta: tenho ainda
uma coisa a dizer.
Não é importante, eu sei, não vai
salvar a vida de ninguém - mas quem
é hoje capaz de salvar o mundo
ou apenas mudar o sentido
da vida de alguém?
Escuta-me, não te demoro.
É coisa pouca, como a chuvinha que vem vindo devagar.
São três, quatro palavras, pouco
mais. Palavras que te quero confiar.
Para que não se extinga o seu lume,
o seu breve lume.
Palavras que muito amei,
que talvez ame ainda.
Elas são a casa, o sal da língua.
Eugénio de Andrade
13 comentários:
Pequenas coisas e tão simples, mas capazes de tanto :)) Beijinho e bom fim de semana
estranhos dias. estes. em que os deuses levam os que amam(amos).
beijos
Haverá coisa melhor para um fim de semana? Não creio.
Os poetas não morrem e as suas palavras acompanhar-nos-ão sempre.
Um beijo.
Ele vive... a sua obra é nossa.
lindoooooooo...
o meu poeta ...
;-)
Pescador
gosto tanto deste poema..acho tao..amoroso...n sei..acho-o querido..se é k se pode classificar assim um poema :P lol
TMara,
Passei por cá para te ler e deixar um beijinho de bom fds.
Lindo!! E desconhecia...
Um grande sorriso para ti querida Mara:)
Beijokas mtas*
Querida
a quanto tempo. Estou um tico sumida mas a saudade é grande.
Não esqueço de ti.
Beijos,
um bom começo de semana pra vc.
;)
Ei,
fui euzinha quem colocou o post acima. Tô ficando doida.
Beijos.
Eu gosto da simplicidade dos textos e da sua componente singela e doce, maravilhosamente simples deste Poeta. Tenho escritos dele em minha casa que muitas vezes me alegram os sentidos :-)...Escolha excelente, TMara....bjitos!!!!
Saboreemos as palavras que connosco permanecerão sempre! Boa noite. amiga e uma boa semana.
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