20 dezembro 2004

UMA CRIANÇA CORRIA, NA BERMA DA ESTRADA

Uma criança corria, na berma da estrada.

Corria tão dentro da própria alegria
que parecia alada.

Corria solta.
Mensageira das boas novas.

Alheada, da seca e queimada paisagem,
corria.
O alcatrão quente não a queimava
pois corria
como quem pisa a matéria
de que são feitos os sonhos...

corria tão dentro da própria alegria,
num estado de pureza total,
que o seu rosto lembrava uma estrela
refulgindo de êxtase e puro contentamento.

Uma tarde, numa berma de estrada,
uma criança corria e
à sua passagem abria uma clareira
de paz e quietude que a todos atingia.


(Do livro: AS TAREFAS TRANSPARENTES: 39:40)

2 comentários:

Anónimo disse...

ai ai..as crianças...as crianças...a pureza..os snhos..ai ai...( k melancolica k estou hoje) :P ****

Conceição Paulino disse...

OhOHOh,,,,menina! Todos os humanos "VIVOS" têm uma criança dentro deles. Mais os poetas...Melancoilia pq?
Bjs e ;))