Uma criança corria, na berma da estrada.
Corria tão dentro da própria alegria
que parecia alada.
Corria solta.
Mensageira das boas novas.
Alheada, da seca e queimada paisagem,
corria.
O alcatrão quente não a queimava
pois corria
como quem pisa a matéria
de que são feitos os sonhos...
corria tão dentro da própria alegria,
num estado de pureza total,
que o seu rosto lembrava uma estrela
refulgindo de êxtase e puro contentamento.
Uma tarde, numa berma de estrada,
uma criança corria e
à sua passagem abria uma clareira
de paz e quietude que a todos atingia.
(Do livro: AS TAREFAS TRANSPARENTES: 39:40)
2 comentários:
ai ai..as crianças...as crianças...a pureza..os snhos..ai ai...( k melancolica k estou hoje) :P ****
OhOHOh,,,,menina! Todos os humanos "VIVOS" têm uma criança dentro deles. Mais os poetas...Melancoilia pq?
Bjs e ;))
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