5.
4.
No cais da solidão
A chaga aberta dói e sangra tanto,
ainda que no tempo passem anos!...
Do chão do nada, a custo já levanto
a safra de aflições e desenganos.
No peito, o coração, teimando, bate!...
Teimando, bate, bate, e não se cansa!
Nem dor nem desalento o sonho abate
dos cravos desta pátria em esperança!...
Dos fastos e desastres, a memória
de um povo erguendo a pátria à dimensão
da gesta humana em páginas de História!...
E neste cais de outono e solidão,
que fado nos impede agora a glória
de ousar no pátrio chão mais um padrão?
ainda que no tempo passem anos!...
Do chão do nada, a custo já levanto
a safra de aflições e desenganos.
No peito, o coração, teimando, bate!...
Teimando, bate, bate, e não se cansa!
Nem dor nem desalento o sonho abate
dos cravos desta pátria em esperança!...
Dos fastos e desastres, a memória
de um povo erguendo a pátria à dimensão
da gesta humana em páginas de História!...
E neste cais de outono e solidão,
que fado nos impede agora a glória
de ousar no pátrio chão mais um padrão?
4.
porque habitamos este corpo
que sangra
que agride
que esfola
porque olhamos e deixamo-nos olhar
sem que o outro perceba
sem que o outro compreenda
sem que o toque se vivencie
porque lutamos e deixamo-nos morrer
sem que o país viva
sem que o país seja nosso
sem que haja presente que nos possa
engrandecer.
que sangra
que agride
que esfola
porque olhamos e deixamo-nos olhar
sem que o outro perceba
sem que o outro compreenda
sem que o toque se vivencie
porque lutamos e deixamo-nos morrer
sem que o país viva
sem que o país seja nosso
sem que haja presente que nos possa
engrandecer.
2 comentários:
muito obrigado, amiga!
poema belíssimo do josé-augusto!
abraços meus
Jorge
grata sou aos amigos J-A C e Jorge Vicente pela participação de qualidade como lhes é timbre.
Beijos meninos
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