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III – CRISE
Não procuro rima...
escolho apenas
um poema
que diga do desespero do logro
do desengano
da impotência
e vou juntando palavras
que falam por mim
pela minha voz
agonizando na garganta.
Não procuro rima...
o poema em verso
suavizaria esta revolta
que nasceu e cresce
dentro do meu peito
ao ver o meu País
verde e poeta
de joelhos
corda ao pescoço
como Egas Moniz
a hipotecar
o seu direito ao sonho
para saldar dívidas
que seu povo não fez!
Não, não procuro o verso!
A prosa é mais dura
e no caso
rima com REVOLTA!...
7/Dezembro/2011
III – CRISE
Casos e descasos…
Recessão
Inventada, alimentada…
Sacrifícios sem fim
Eclipse da Lusa Pátria, de mim e ti.
Porto, 04.12.2011
IV – CRISE
Comeram a pátria. Esgotaram os
Recursos. Desmoralizaram o povo.
Recursos. Desmoralizaram o povo.
Incendiaram os ânimos. Com falsos
Saberes hipotecaram o futuro…
Epopeias d’outrora esqueceram.
Porto, 04.12.2011
V – CRISE
Como olhar os políticos que nos governam?
Rapaces seres sem verticalidade, oblívio da nossa
Identidade? De Viriato a Camões, desde Afonso Henriques,
Senhor de um país que sonhou e ergueu, agora ruína
Envolta na informe voragem de tanta iniquidade.
Porto, 04.12.2011
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