Mário acordou estremunhado.
Qualquer coisa, sonho, som, elemento, equívoco, se introduzira no seu sono, no seu sonho, despertando-o fora de horas, com uma sensação de estranheza, no pensamento e no coração.
Atento seguiu os rumores da casa, os ruídos da rua, nada encontrando de anormal. Aguardou, na expectativa de que o pequeno nada se repetisse, lhe fosse inteligível.
Nada de incomum aconteceu. Pôs-se então a refletir se a razão do seu despertar estaria em si.
O que sonharia na altura?
Lembrava só, e muito vagamente, um cravo rubro contrastando vivo contra um mundo agora envolto em perpétua noite escura.
Conceição Paulino
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