É quando a noite cai e o frio na lareira
descobre que sem lenha o fogo não se ateia,
que um grito de aflição assombra a pasmaceira
que anestesia há muito o povo desta aldeia.
E tocam a rebate os sinos da capela!
O burburinho cresce e vai de rua em rua.
E quem não vai, está olhando da janela
a vida que palpita e livre se cultua.
E corre o rapazio, ousando a sedução
de ser e de crescer nas asas da cantiga,
como o pião que roda e roda em sua mão
até parar feliz e exausto de fadiga!
E o frio se transmuta em fogo e ganha alturas,
instante a crepitar antemanhãs maduras!
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