Março/2011
Uma questão de Perna!
O senhor Silva, passado que foi o tempo de gerência, abrigou-se no palácio dos retratos, onde também terá de ter o seu!
Continua a afirmar-se “não político”, e mantém o mesmo ar seráfico e a mesma arrogante distância a tudo o que seja problemas das gentes.
O senhor Pinto de Sousa, que ainda está no lugar que foi do senhor Silva, mantém o mesmo ar de fura-vidas com que ali chegou e a arrogante distância a tudo o que seja problemas das gentes.
O senhor Coelho que também quer o lugar onde ainda está o senhor Pinto de Sousa e que já foi do senhor Silva, mantém o mesmo ar bem comportado com que cresceu nas fileiras da sua doutrina, e a arrogante distância a tudo o que seja problemas das gentes. Gosta mais de cuidar dos problemas dos patrões das gentes.
Isto quer dizer que os tais senhores, dignos “continuadores” de uma obra que se vai mantendo há exactamente 30 anos, umas vezes com o grupo do senhor Coelho e outras com o do senhor Pinto de Sousa, também continuam longe dos problemas das gentes. Cada vez mais!
E um dia deste lá vamos ter de escolher entre o senhor Coelho e o senhor Pinto de Sousa, perante aquele ar palaciano e seráfico do senhor Silva.
E, atónitos, cheios de novelas e futebóis, também vamos continuar a contemplar isto tudo com o mesmo ar com que, no supermercado, miramos as embalagens do “Fiambre da Perna Extra”!
Qual?
* * *
Dezembro/2011
A Perna
Hoje, andados nove meses, poderemos tirar, daquele texto e daquelas personagens, algumas conclusões exclusivamente culturais:
O senhor Silva, continua seráfico apesar da confirmação das particularíssimas amizades, e de o seu mundo cultural ter sido enriquecido por uma relevante obsessão por vacas.
O senhor Pinto de Sousa, mentiroso compulsivo por completa ausência de valores, anda a ver se os adquire nas novas oportunidades de um bem pensar parisiense.
A perna extra que nos coube, continua a tratar dos problemas dos patrões das gentes com a mesma arrogante distância por tudo o que seja gentes e cultura, como se vê pelos diversos cratos e gaspares que lhe enxameiam a equipa, e pelo lamentável desprezo votado ao valioso património mundial deste país. Também trocou o professor angelito por uma mestra alemã que lhe vai passar um cartão de cidadão em nome de “Schritte Kaninchen”·.
Como diria um qualquer castelhano “joder... que tropa!”
António M. Oliveira,
escritor
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