20 dezembro 2009
acrósticosde e quadras sobre o Natal
Alguém quiser
Tão pouco todos os dias.
Alguns, poucos, em que
Leves as almas se descobrem.
13 dezembro 2009
Desafio aberto em torno do NATAL - Já chegou colaboração amiga leiam p.f.
Nasce o dia e nasce o ser
Alumia-se o dia
Tudo explode em alegria
A alma envolve o mundo
Luminosa brilha a paz.
:::::::::::
Ninguém liga ao que Ele disse
Apesar de nas costas o peso
Transportar. Uma igreja de
Almas. Outras de pedra e cal.
Látegos sempre a zurzi-lo(nos).
Tecem nas cores a esperança
A paixão, a alegria, o riso
Leves traços na vida….
Não nego o meu sorriso
A uma criança traquina
Tenho lágrimas nos olhos
Ao vê-la tão feliz e cheia de vida
Lance sempre no ar a sua gargalhada
08 dezembro 2009
a poeta Florbela Espanca nasceu e morreu a 8 de Dezembro
Aleatoriamente abri o livro e escolhi um soneto que partilho em homenagem à grande sonetista e mulher de incompreendida dimensão.
Perdi os Meus Fantásticos Castelos
Perdi meus fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma...
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:
Quebrei as minhas lanças uma a uma!
Perdi minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
- Tantos escolhos! Quem podia vê-los? –
Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma!
Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de ouro e pedrarias...
Sobem-me aos lábios súplicas estranhas...
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombrada as minhas mãos vazias...
* Florbela Espanca nasceu a 8 de Dezembro de 1894, suicidou-se a 8 de Dezembro de 1930, em Matosinhos.
05 dezembro 2009
CONVITE - "NÃO SE BRINCA COM FACAS", novo livro de José António Barreiros
03 dezembro 2009
como, simultâneamente, se pode ter e não ter razão
novelo no raciocínio
novelos
embrulhos
confusões
ausência de pensar
ausência de parâmetros
novelos
em que, por vezes,
me enredo.
novelos em que nos enredamos.
01 dezembro 2009
Crime, disse o agente funerário!
28 novembro 2009
triste faduncho derivativo e desnorte
24 novembro 2009
Justiça popular? Não,obrigada!
20 novembro 2009
eis algo que me dá nós no pensamento
«É um crime ainda sem explicação. Em Mangualde uma mulher morreu, assassinada pelo namorado» (SIC,19-11-2009, Jornal da Uma)
e os nós no meu cérebro, pensamento, racionalidade, emoções são porque nem sequer compreendo que algum crime tenha explicação porque uma explicação é algo que faz sentido. Matar alguém não faz, não tem, não pode ter....sentido!
05 novembro 2009
parque - poema sobre a palavra do fotodicionário
Sobre a palavra escrevi dois poemas.Um que aqui deixo, e outro que podem ler no meu blog "A Cor da Vida".
a propósito da palavra parque
emparco!? emparco? não.
envarco! ai as consoantes
pê vê bê… embarco!
embarco num barco.
baca vaca voi boi
emparco ou embarco?
barco ou varco?
se for varco envarco.
navio ou nabio?
embarco ou envarco?
ou emparco...
se for parque emparco.
à cautela
embarco envarco
e…emparco!
04 novembro 2009
escrita criativa
Esperamos-te num apeadeiro à tua escolha;))
02 novembro 2009
Escrita criativa - novo blog a 4 mãos
Chama-se " ao sabor do vento" . Basta-te seguir esta "estrada de tijolos amarelos" e vais lá dar.
O desafio, em forma de brincadeira,é cada uma dar seguimento à história iniciada.
Este foi o 1º texto, o texto de arrranque:
«apresentações
Zeca tem trinta anos e é arquitecto. Maria Rita tem vinte e nove e é enfermeira. Zeca é um homem frontal e leal. Maria Rita é uma mulher serena e sensata. apesar de ainda se não conhecerem, são vizinhos. Maria Rita vive com os pais, ambos reformados. Zeca vive sozinho com um são bernardo. a mãe de Maria Rita ocupa os dias a controlar a vida alheia enquanto o pai joga à sueca no café.
Ana»
No momento em que te escrevo o blog tem 4 posts (entre 5 a 7 linhas cada) – começa a ler de baixo para cima pois são sequenciais
16 outubro 2009
Maitê Proença, Rede Globo e portugalidade - I
paraTostimara@gmail.com
data15 de Outubro de 2009 21:11
assunto re: [TVGI - Portugal] Fale Conosco
Prezada Conceição,
Estamos cientes do ocorrido, e em nome da TV Globo Internacional pedimos desculpas.
A seguir está o link em que a própria atriz explica e se desculpa com a nação portuguesa.
http://oglobo.globo.com/cultura/kogut/post.asp?t=maite-proenca-pede-desculpas-me-considero-uma-portuguesa&cod_Post=231581&a
Atenciosamente,
Paloma Bachi
EQUIPE TV GLOBO INTERNACIONAL
http://www.tvglobointernacional.com.br/»
Minha resposta enviada para os órgãos de soberania Portuguesa (P.R.; Embaixada de Portugal no Brasil) bem como embaixada do Brasil em Portugal e para a SIC (esta não respondeu ao 1º e-mail,ao invés da Rede Globo)
«deTMara
para"globoeuropa@redeglobo.com.br"
data15 de Outubro de 2009 22:07
assuntoRe: [TVGI - Portugal] Fale Conosco
enviado porgmail.com
ocultar detalhes 22:07 (Há 11 horas)
Exmos Senhores
Grata pela vossa resposta.
Acontece que já conhecia o vídeo feito pela actriz há vários dias antes de vir a público nos media em Portugal.
Quem passou, deixou passar este vídeo, é parte responsável e activa.
Ou seja, a Rede Globo, a vossa jornalista e as restantes participantes.
Não quero continuar a maçar-vos.
Com os melhores cumprimentos
Conceição Paulino
14 outubro 2009
Maitê Proença, Rede Globo e SIC
Post scriptum - este email foi também enviado para a SIC.
08 outubro 2009
queres editar um livro?
05 outubro 2009
a alguém que tanto nos deu. Gracias Mercedes Sosa
02 setembro 2009
3 livros meus - inéditos - como e-books
Pois é amizades.
Vive-se e escreve-se, escreve-se...
Muito vai fora, outro tanto fica sob a forma de livro, agora não na gaveta mas no computador, na pen e/no CD ou DVD.
Tanto que está por aqui parado porque não corro atrás de editores. Fi-lo, quando mais nova, e depois deixei-me disso. E há as novas tecnologias...
Pessoalmente adoro o livro em papel, manuseá-lo, cheirar a tinta, o papel e, nos mais antigos aquele cheiro indefenível de idade, do passar tempo, e o suave amarelecimento que o papel apresenta.Mas como sou uma mulher do tempo em que vivo - não compreendo aquela frase dita por tantas e tantos: no meu tempo....
Nunca a usei.
Quando necessário sai-me naturalmente; no meu tempo de criança ou, quando era criança, ou: no meu tempo de adolescente ou jovem. Porque estou viva e este tempo é tão meu como qualquer outro já vivido - o computador é um instrumento indispensável para mim. Tudo escrevo nele, excepto quando ando na rua. E leio no computador. Muitas coisas aqui leio. Os mais jovens então nascem quase agarrados a eles. Portanto, neste meu tempo, há mais formas - os blogues são outra - de escrever e disponibilizar para leitura.
Publiquei pois 3 e-books inéditos na Bubok:
Aqui, podem encontrar o de Poesia "Haikais e Variações"
E aqui, os 2 de prosa.
1 - "As histórias são como os chapéus"
2 - O Regresso, (novela)
24 abril 2009
35 anos do 25 de Abril de 1974
20 abril 2009
Convido-vos a frequentar a minha nova casa. Ao fim de CINCO anos aqui mudei
19 abril 2009
hibernei, mas também migrei. Podem encontrar-me aqui
12 abril 2009
03 abril 2009
No comboio descendente
Vinha tudo à gargalhada.
Uns por verem rir os outros
Os outros sem ser por nada
No comboio descendente
De Queluz à Cruz Quebrada...
No comboio descendente
Vinham todos à janela
Uns calados para os outros
Os outros a dar-lhes trela
No comboio descendente
De Cruz Quebrada a Palmela...
No comboio descendente
Vinha tudo à gargalhada.
Uns por verem rir os outros
Os outros sem ser por nada
No comboio descendente
De Queluz à Cruz Quebrada...
No comboio descendente
Mas que grande reinação!
Uns dormindo, outros com sono,
E outros nem sim nem não
No comboio descendente
De Palmela a Portimão
30 março 2009
hoje a Inês faz 13 anos
(imagem da net)
27 março 2009
vamos deixar o planeta respirar - apaguemos as luzes por 1 hora
no próximo sábado, dia 28, das 20H30 às 21H30 apaguemos todas as luzes de nossas casas. Deixemos o planeta respirar. Ganhar fôlego.
A sobrevivência de TODA a vida está nas nossa mãos
26 março 2009
Textos do 12º Jogo das 12 Palavras
com estas vitualhas vivemos saudáveis e longas vidas. por vezes a dieta é enriquecida com peixes. muitos são fumados ou secos criando uma reserva para dias de carência. só em ocasiões festivas comemos carne sacrificando um ou mais animais, mas para tal lhes pedindo permissão e perdão. as nossas mulheres cuidam dos filhos _ de todos, pois todos somos uma unidade _ e confeccionam os alimentos. desde crianças aprendem a tecer os fios do linho, do cânhamo e a lã com que fazem as nossas vestes, mantos, mantas e demais panos necessários à protecção dos corpos face as intempéries. aprendemos o valor da poesia e construímos odes ao amor terreno e ao amor divino que nos criou e de tudo nos provê. o amor de uma mulher tem a leveza do beija-flor e faz florescer nossos dias quando nos enriquece com filhos. uma maldição se abateu sobre nós quando, por vinte moedas de prata, vendemos José aos ismaelitas tendo-o estes, mais tarde, vendido no Egipto, a Potifar, eunuco do faraó e chefe dos guardas. desde essa altura os cereais não medraram, os pastos secaram, assim como os poços.
na primeira hora, após o nascimento de Benjamim, almas perversas teceram uma maldição e preconizaram que o feitiço só se quebraria quando um amor de verdade florisse num coração coragem onde a simplicidade fosse apanágio do ser em partilha de humanidade e, reunidas fossem ainda as seguintes condições: deveria a pessoa, detentora de tal coração encontrar Benjamim quando Pan, na sua flauta, tocasse uma ode ao amor; a leveza do toque de seus lábios semelhasse a do beija-flor ao recolher, nas flores, as vitualhas que lhe são alimento.
quando tais lábios tocassem os de Benjamim a maldição desfar-se-ia. seria nada.
21 março 2009
porque hoje é o dia MUNDIAL da poesia
e apesar de ter alguma resistência aos "dias de.." - todos fazemos cedências - por achar que a poesia, como as restantes artes nos fazem ver e sentir o melhor do mundo e em nós e são portanto portadoras da alegria coloco este belo poema da grande poeta que foi, é e será Cecília Meireles:
A arte de ser feliz
Houve um tempo em que minha janela
se abria sobre uma cidade que parecia
ser feita de giz. Perto da janela havia um
pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra
esfarelada, e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre
com um balde e, em silêncio, ia atirando
com a mão umas gotas de água sobre
as plantas. Não era uma rega: era uma
espécie de aspersão ritual, para que o
jardim não morresse. E eu olhava para
as plantas, para o homem, para as gotas
de água que caíam de seus dedos
magros e meu coração ficava
completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o
jasmineiro em flor. Outras vezes
encontro nuvens espessas. Avisto
crianças que vão para a escola. Pardais
que pulam pelo muro. Gatos que abrem
e fecham os olhos, sonhando com
pardais. Borboletas brancas, duas a
duas, como reflectidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem
personagens de Lope de Vega. Às
vezes um galo canta. Às vezes um
avião passa. Tudo está certo, no seu
lugar, cumprindo o seu destino. E eu me
sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas
felicidades certas, que estão diante de
cada janela, uns dizem que essas coisas
não existem, outros que só existem
diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a
olhar, para poder vê-las assim.
16 março 2009
CONVITE
26 fevereiro 2009
surpreendentes palavras
a que propósito, se o fado é coisa de país de brandos costumes e onde este felino não existe desde tempos imemoriais? isto presumindo que na evolução do planeta e das espécies, quando havia um só continente, por aqui pudesse andar. ou os seus antepassados… se o fadista for mau o melhor é recolher a penates, ou seja, a casa, e aos amorosos braço de Morfeu.
vão por mim…
~~~~~~" " ~~~~~~
e estes ficaram - não na gaveta, mas no P.C.
Agora ofereço-os a quem os quiser ler
soberania perdida
antes era senhora
soberana de mim.
de minha vida.
um vento estranho
chegou
alterando a situação.
sentira-lhe a batida.
uma leve oscilação
a correr-me por dentro.
agora, perdida
na vasteza daquele oceano,
navio sem rumo,
qualquer sacudidela
me estremecia os alicerces
que rugiam – tigre mortalmente
ferido num deriva
sem norte. cego
morcego sem radar.
só nos sonhos – quando
nos braços de Morfeu –
voltava a sentir o domínio
de meu ser.
acordar era interminável
queda por abismo
de dores.
~~~~~~ " " ~~~~~~
descobertas
lembro-me de meu padrinho sempre ter insistido comigo para o acompanhar a um jogo de futebol numa tentativa de me fazer gostar deste jogo designado por desporto-rei, que ele, com um sorriso de orgulho, denominava como o soberano de todos os jogos. um dia fiz-lhe o gosto. chegámos cedo. fomos dos primeiros a entrar no estádio. a vasteza do mesmo, á medida que enchia e se animava de gente, vozes e cor, foi bonita de ver. as bancadas cheias percorridas por frémito de emoções pareciam varridas por forte vento.
dentro do estádio uma intensa emoção, demonstrada pela constante oscilação dos adeptos fazia as bancadas semelharem engalanado navio navegando alterosas vagas de esfusiante alegria. nunca poderia imaginar uma tal situação se a não observasse.
as equipas fizeram a sua entrada e uma intensa vibração de emoções, expressa numa sacudidela percorreu a mole humana ali disposta enquanto uma onda de entusiasmo corria por todos, até a mim – mero observador – contagiando.
o árbitro deu início ao jogo e Oceano, com uma fortíssima batida pôs o esférico em acção. os jogadores em campo moviam-se a uma velocidade impensável com movimentos felinos semelhando poderosos tigres atrás da presa.
por instantes desviei os olhos do campo e, de pé, observei a multidão. sentei-me sorrindo ao pensamento de que ali Morfeu não tinha sorte. todos pareciam mais acordados, atentos e vigilantes do que alguma vez vira.
24 fevereiro 2009
máscaras?
cheguei à conclusão de que me sei nas primeiras duas imagens.
sei-me. conheço-me bem nelas.
há uma correspondência entre o meu eu interior e o que as fotos me transmitem.
assim sendo, a questão residual, ou deverei dizer final (?) - é: o que das primeiras subsiste nas últimas.
a verdade de mim para além de todas as máscaras sociais?
ao olhar de quem quiser, abaixo, duas colagens com fotos misturadas.
20 fevereiro 2009
partiste sem aviso
um papel
uns rabiscos
no móvel da entrada.
tudo se turvou
e em torvelinho
desapareceu.
somente: “perdoa”
ficou e sobreviveu.
09 fevereiro 2009
a manhã
a manhã
a manhã sempre representa
um grito de vida e esperança.
grito
contido iniciado
entre o tudo e o nada
entre o alfa e o ómega
a escuridão e a luz
ao nascer a manhã
céu, mar e terra fundidos
dialogam murmurado diálogo
desde o início dos tempos
renovado
os elementos de Gaia
despertos
avaliam o humano
desempenho e…empenho
decidem a continuidade
do mundo
tal como o conhecemos
ou a total renovação
e necessária depuração
mas na manhã a compaixão
de Gaia por seus filhos
prevalece
sempre nos dá…mais um dia
mais uma esperança
mais um momento
uma respiração
um voto de confiança
um alerta expresso
no separar das águas
no respirar do ar
no incendiar do Sol
no lavado perfume
que da terra se evola
nos alimentos que
de seu maternal seio
brotam e nos oferta.
e assim a cada manhã
voto de confiança e esperança
em si contidos terra mar e céu
se separam e renovam
para que a vida aconteça
flua e nós…Acordemos.
01 fevereiro 2009
e porque brinquei muito com as 12 palavras aqui deixo + um texto
a rapariga quedou-se. atenta e alerta. de novo o barulho se fez ouvir cada vez mais forte e límpido. aumentou de intensidade. acentuou-se até anular todos os sons da casa. transformou-se num autêntico salsifré, uma cacofonia de sons emergindo do espelho de parede. riscos e cortes apareceram neste, até que estalou, caindo aos bocados.
dele saiu uma criatura escaganifobética. nem humana, nem animal. estupefacta a rapariga nem se mexeu.
a bizarra figura sacudiu-se, endireitou-se e um longo tufo de pelo dourado, aparentemente macio, no equivalente ao dorso ergueu-se em ondulante movimento.
a estranha figura viu então a estática rapariga e dirigiu-se-lhe com uma serena voz de contralto:
- assustei-te? desculpa. foi sem querer. compreendo que te pareço muito estranho. Sou uma figura mítica criada pelos gregos numa fábula de Ésopo. conheces? não? adiante…
tenho andado perdido. à deriva em mundos alternativos, mas a vida neste mundo é um bem supremo de que nunca quis abdicar pelo que, há séculos que, com paixão, procuro o caminho que me permita renascer como humano.
Eduarda, assim se chamava a rapariga, abriu a boca para falar mas só ininteligíveis sons se ouviram.
A escaganifobética figura fez-lhe uma gentil vénia, reiterou o pedido de desculpas, acrescendo:
- lamento ter-te partido o espelho, mas abençoado este seja e tu, por terem permitido libertar-me. saúdo-te e me vou. adeus e que os deuses te protejam.
por fim, num inaudível murmúrio, Eduarda conseguiu pronunciar:
- adeus. boa sorte.
28 janeiro 2009
mais textos no âmbito do 10º Jogo das 12 Palavras
límpido querer
sem deriva nem
efabulação ou salsifré
o novo singular
e supremo ser vê-se a
renascer.
escaganifobética forma esta
de ser.
~~~~~ " " ~~~~~
amigo de longa data de Edilberto quero partilhar convosco a memória mais marcante que me deixou. afinal uma herança para todos. pura sabedoria, se atentarem nas minhas palavras.
Edilberto viveu toda a vida com paixão. sem qualquer deriva. norteado por autêntico e singular novo e límpido querer renascer na alba de cada novo dia. transformou o lema, “vive um dia de cada vez” ou “carpe diem”, em suprema sabedoria da vida. esta foi-lhe sempre um corrupio, viveu-a num autêntico salsifré, pulando de festa em festa com uma leveza de alma e de pés que dir-se-ia voar. nos olhos e no sorriso constante, nas gargalhadas algo escaganifobéticas que atirava ao ar como soltos bandos de trinadoras aves emergia todo o prazer que encontrava no acto de viver. da mesma forma ultrapassava as contrariedades, como quem, displicentemente, sacode um pouco de farinha que lhe caiu no fato, rematando sempre com as suas tão célebres, estranhas e contagiantes gargalhadas.
e se pensarem no que hoje evoco do nosso amigo e parente Edilberto verão que o seu modo de viver encerra poderosa fábula que a todos ofertou generosamente.
num mundo onde:
-o barulho, a sobreposição de ruídos em todos os lugares, ruas incluídas, é agudo e crónico salsifré;
- a deriva da verdade e da aplicação da lei uma constante. viver ou querer fazê-lo de forma autêntica e límpida, respeitando a singularidade da personalidade, é coisa escaganifobética, ou supremo delírio;
- a primazia do novo sobre o mais velho ou o velho, doentia paixão que leva a continuados e por isso tresloucados actos cirúrgicos procurando um impossível renascer em vez do normal crescer e… envelhecer.
será que criámos um mundo onde não há verdade, por mais poderosa, que inverta este delirante modo de vida?
21 janeiro 2009
19 janeiro 2009
10 janeiro 2009
reposta a desafio e convite a oito bloggers
A Girassol teve a gentileza de me convidar para um desafio que consiste em de mim dizer
coisas tais como:
a) Escrever uma lista com 8 coisas com as quais sonhe;
b) Convidar 8 bloguistas a responder ao mesmo;
c) Comentar no blog de quem partiu o desafio;
d) Comentar no blog de quem desafiamos;
e) Mencionar as regras.
Oito sonhos (desejos adiados ou em curso) meus:
- que o amor sempre vença as "ervas daninhas" que, por vezes em meu humano coração começam a nascer:
- sejam quais forem as adversidades a força nunca me falhe e delas possa fazer degraus;
- que o AMOR possa ser um pleno em minha vida;
- que minhas filhas e neta, independentemente de minhas falhas, lembrem sempre que as amo. De forma incodicional;
- de forma consciente nunca fazer mal a qualquer forma de vida(fazemos sempre. Muitas vezes por ignorância e não intenção) ;
- Ter sempre o suficiente para viver...
- ...e uns extras vinham a calhar para viajar
- ser sempre capaz de ver a beleza nas pequenas coisas do dia a dia e nelas encontrar prazer, alegria e encantamento.
E AGORA, CUMPRINDO AS REGRAS, PASSO O TESTEMUNHO A:
02 janeiro 2009
fui desafiada e agora deixo-vos o desafio em aberto
procurar. tempo de encontrar. tempo de perder. tempo de florir. tempo de fechar. tempo de abrir. tempo de nascer. tempo de viver. tempo de dormir. tempo....tempo de morrer. tempo de nascer.......
tempos de luz solar que dedicamos às actividades necessárias e às que escolhemos ou...conseguimos.
tempos de escuridão ou de luz lunar em que cansados retornamos ao canto nosso.à toca onde o animal que somos se recompõe com o alimento. onde sossega e cada um constrói as permutas de amor e, por fim, dorme preparando-se para mais um dia de acção.
tempos divididos em: dias - com luz; e noites - onde a luz se ausenta e nos recolhemos temendo - atávicamente ainda - o que na escuridão se pode esconder - e desta sucessão de divisões que imprimimos aos espaços de luz penumbra e escuridão fizemos os dias. construímos a sucessão de semanas, de meses, que ao totalizarem 12 completam um ano.
e, de ano em ano, as vidas escorrem deslizando em momentâneos fugazes momentos de pura alegria que nos permitimos. de cansaços e de tristezas de que não gostamos mas construímos e vivemos. incansavelmente os reconstruíndo.
e, desta forma repetitiva que nos dá segurança - criamos tradições para perpetuar os bons momentos sonhados (?) - mais uma vez o ano mudou.
há pouco o calendário - por nós feito - dizia: ano de 2008. agora marca já o dia 2 de janeiro do ano de 2009.
e se, há tempos, lancei o desafio de, com leveza de alma, fazermos acrósticos a partir da palavra NATAL - passem por lá que ainda hoje coloquei um novo da T.D - a Paula Raposo que participou entusiasticamente enviou-me um acróstico sobre o
São chegados os Três Reis
à porta do lavrador
Se tem a mulher bonita
a filha é uma flor
Que cavalos são aqueles
que fazem sombra no Mar
São os três do Oriente
que a Jesus vão adorar
O menino chora, chora
porque anda descalcinho
Haja quem lhe dê as meias
que eu lhe dou os sapatinhos
Nossa Senhora lavava
e São José estendia
E o menino chorava
com o frio que fazia
Calai-vos meu menino
calai-vos meu amor
Isto são navalhinhas
que cortam sem dor
Saíram as três Marias
de noite pelo luar
Em busca do Deus menino
sem No poderem achar
Foram-No achar em Roma
vestidinho no altar
Com cálix d'oiro na mão
missa nova quer cantar
E dai-la esmola e... e dai-la esmola bem dada
Para quem, para quem vier pedir
que ela lhe, que ele lhe sirva de escada
Para quando, para quando ao céu subir
Letra e música: Popular (Redondo, Alentejo)
Cantado por Janita Salomé* e Cantadores do Redondo (in CD "Vozes do Sul: uma celebração do cante alentejano", Capella, 2000)
Ocidente
Mais o da
*
Alvorada
Nascente
Olhar aberto
*
Novos são os
Olhos com que te
Vejo. novos teus
Olhos fitando-me.
Onde quer que esteja.
Macia, sempre terna
*
Amante eterna de
Nome desconhecido.
Ouço-a nos sonhos.
*
Ouvir tão maviosa
Voz que alegra
Ouço num breve
Musical murmúrio
*
Alegre. em cintilantes
Notas trinadas.
Olho ao redor
*
Não vejo ninguém
Ou então a cegueira
Veio. Inesperada e
Obscura onda.