31 dezembro 2005

O que queremos para 2006?

O que todos desejamos (pelo menos assim o expressamos), ano após ano, desde que tenho memória das coisas do mundo e da vida, virou já um cliché, porque as repetimos exaustivamente e nunca as alcançamos.
Por vezes parece até que estão cada vez mais distantes apesar da "sociedade da abundância"!


São elas:
PAZ;
o fim da FOME e da MISÉRIA;
TRABALHO;
JUSTIÇA
e SAÚDE.

O que não queremos mais ver no mundo:


A brutal realidade da "mancha" de fome no continente Africano, o mais castigado.

Não esquecendo a Ásia e a ìndia.

O que é a fome ?

A fome é a escassez de alimentos que, em geral, afecta uma ampla extensão de um território e grande número de pessoas.

VALORES NO MUNDO:

Cerca de 100 milhões de pessoas estão sem tecto;

1 bilhão de analfabetos;

1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas, 630 milhões são extremamente pobres, com renda per capita anual bem menor que 275 dólares;

1,5 bilhão de pessoas sem água potável;

1 bilhão de pessoas passando fome;

150 milhões de crianças sub nutridas com menos de 5 anos (uma para cada três no mundo);

12,9 milhões de crianças morrem a cada ano antes dos seus 5 anos de vida.

Esta situação deve-se tanto a causas naturais como HUMANAS. Destas últimas lembremos algumas:

-Instabilidade política;

-A guerra;

- Os conflitos civis;

- As invasões;

- A destruição deliberada das colheitas;

- A influência das transnacionais de alimentos na produção agrícola e nos hábitos alimentares das populações do denominado Terceiro Mundo;

- A utilização da "diplomacia dos alimentos" como arma nas relações entre os países;

- A relação entre a dívida externa do Terceiro Mundo e a deteriorização cada vez mais elevada do seu nível alimentar.

O QUE A "FOME" DE PODER E A INCOMPREENSÃO FAZEM:

Intransponíveis muros!

Em vez de pontes:MUROS!

Altos. Instransponíveis.

Novas fronteiras vigiadas com armamento topo de gama para destruição maciça.

Ódios criteriosamente alimentados como "burros a pão de ló" e enormes campanhas de marketing de opinião tentando justificar o injustificável aos países mais longínquos envolvidos nos seus pequenos afazeres e negociatas. Aos seus cidadãos que vêem o horror servido na T.V, com a naturalidade da exposição de qualquer insignificante evento.

A saturação visual até à indiferença.

A guerra e o seu cortejo de horrores, abusos, destruição, vítimas, doenças, fome e misérias várias...


O que eu quero, como todos, pão na mesa de toda a gente no planeta; paz; respeito entre todos independente de raça, credo religioso e outras pequenas diferenças, porque, como diz o poeta: É MAIs O QUE NOS UNE DO QUE O QUE NOS SEPARA!

Só temos que olhar sem antolhos!

Quero ver sorrisos nos rostos e não prantos. Quero um colo com sorrisos, amor e alimento para cada criança neste planeta

Para mim, para os meus, minhas filhas e meu país quero as mesmas coisas, mas a dimensão é tão micro-micro que nem vale a pena falar do assunto. É irrelevante.

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