19 dezembro 2005

Os inexistentes problemas que...



(....) nos atazanam os dias, provocam discussões, rupturas familiares, cisões, guerras e destruição.


Vem esta conversa a propósito do comentário do Nilson do Nimbypolis de k cito um excerto:

«Tiveste a capacidade de provocar um debate.(...)Ainda que tudo isto fosse à volta de um problema que nem sequer existe...»

A estranheza desta frase atingiu-me em cheio.

Dei por mim a concordar e a perguntar-me como poderiam então haver tantas opiniões e paixões desencadeadas sobre esta matéria e tantas outras que conduzem países e homens a fazer guerras, a criar preconceitos, racismo..., bom estão a ver o extenso rol que temos pela frente.

De imediato me lembrei do Manel do Montado da sua experiência de guerra, ou deverei dizer de operações de paz? que partilha connosco de uma forma rica e brilhante nas suas crónicas.
Senti curiosidade.
O que diria ele perante esta afirmação?

Concluí que a contradição era aparente, mas real.
Não é um problema real.
De facto nada o é: a forma de falar, de comer, de vestir, de estar,a cor da pele; a orientação sexual; a religião, e por aí fora, ..., NÃO são problemas reais, mas são problemas culturais e sociais e daí lhes advém a pseudo-realidade que "compramos".
Passam a ser problemas porque como tal os instiuímos.
Onde se fundamentam então as razões para a cisão, cisões, destruição, ódios, incompreensão, inefelicidade, miséria.... que provocamos uns aos outros?

O Nilson disse algo tão simples e tão verdadeiro.
Andamos a viver em função de inexistentes problemas, mas deixamos que nos atazanem os dias.
Retirem, a uns a paz de espírito, a outros a PAZ de viver e tudo o resto.

Que provocam cataclismos, miséria , fome, morte e destruição sob todas as possíveis formas imagináveis e muitas outras que nem sonhamos e estão aí, infectando o planeta, as cabeças, corações e almas dos humanos.

Que processo poderemos desencadear para que esta consciência, a da irrealidade destes pseudo-problemas, se espalhe como rastilho e a concórdia e a paz passem a ser uma verdade e a frase: «O Natal é quando um homem quiser» ganhe substância e realidade?


Sugestões aceitam-se.

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