03 dezembro 2005

Há muitos mundos


Dentro deste mundo físico, planeta que habitamos, há muitos mais mundos do que aquele que os nosssos sentidos (visão e não só) identificam e conhecem ou...reconhecem.
No nosso mundo social o mesmo se passa.
Há universos paralelos que nos escapam por inteiro.
Fazemos parte de uma tribo.
Com ela nos identificamos, por ela olhamos e vemos, aferindo pelos valores padrão da mesma. Tudo o que os nossos sentidos captam é filtrado por grossas lentes que, social e culturalmente, colocámos sobre os olhos, manto envolvendo a mente e obstruíndo a visão do espírito.
Construímos um mundo de barulho que nos agride e criou-se (alguém) o mito de que pessoas silenciosas, que falam baixo, que ouvem música baixo e que gostam de estar em silêncio são pessoas tristes.
O mesmo se passa com o estar-se só.
Associa-se, invariavelmente, o acto de estar só à solidão triste e acabrunhada, a um estado de espírito melancolico ou depressivo...
Prezo o meu espaço de solidão (comigo e com o mundo), prezo o silêncio. Gosto de ambos. Não temo nenhum pois são muito ricos e pacíficos.
Fernando Pessoa disse um dia: « Se te é impossível viver só, nasceste escravo» e eu concordo com ele.
E tu, que me lês?
*
P.S - Já deixei o meu contributo no ORGIA POLÍTICA

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