26 abril 2005
O céu está azul
(Allan Clemens)
O céu está azul.
Pequenos e ténues véus de branco tule navegam o espaço até onde a vista alcança.
Os plátanos reverdeceram em tenros e translúcidos verdes que brilham, vibrantemente, contra o azul.
Os lagos, que já o não são, e aqui uma imensa contradição: nunca gostei daqueles charcos plenos de lixo e folhagem, fermentando apodrecida, em diferentes graus. Desenvolvendo infectados e infectos lodos – os lagos, aterrados, e bem, são agora canteiros onde diáfanas flores brancas, de longos caules, se agitam ao vento.
As pombas, felizes bandos, lançam-se sobre a terra fresca e fofa, o estrume, as sementes.
Estão melhor assim
Mais bonitos até, para além de mais higiénicos!
Mas.....sinto falta da água.
Não dos lagos, mas do seu conteúdo.
Falta o elemento água naquele jardim.
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6 comentários:
Passamos a vida á procura de algo... e p/ vezes falta sempre qq coisa, para que possamos, qui ça tocar ao de leve a felicidade!
Beijinhos Mara*
Querida TMara
Concordo, um jardim sem água está incompleto...
Um beijo
Daniel
Falta qualquer pedacinho, sempre. Podes divulgar o poema : a honra é minha. Obrigada. BShell
Obrigada pela visita. Também gostei do que li aqui donde, voltarei.
Lindíssimo o teu texto, amiga. E a mensagem, poética mas oportuna. Beijo enorme.
A água faz-nos sempre falta. Num jardim como esse, então... Beijinhos
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