24 outubro 2004

Há muita estranheza nos dias que vivemos

Há, de facto, muita estranheza nos dias que vivemos.
Uma constelação de pequenas, médias, grandes e estranhas coisas que nos pontilham os dias. Não as podemos abordar todas de uma vez porque têm diferentes fontes e se inserem em diversos contextos da vida, mas podemos tentar aproximações. Para o conjunto impor-se-ia um tratado.
Há dias ouvi que o Relatório PLANETA VIVO 2004, da organização ambiental World Wide Fund (WWF) nos informa - caso queiramos ser informados - que, desde 1976 até hoje (deve ter incidido no passado ano, 2003 - uns mísseros 23 anos se passaram), com o nosso modo de vida levámos à extinção quarenta por cento das espécies animais ( quantas mais no mundo vegetal não sabemos)!
PORTUGAL NO PÓDIO
Orgulhosamente merecemos o segundo lugar, com a medalha de prata, na destruição do meio marinho.
Segundo dados divulgados pela WWF cada português consome 1,25 hectares de recursos marinhos, contra a média mundial de 0,13 hectares.
E sabem como? Simplesmente comendo o fiel amigo. O cão? Claro que não. O prato nacional, o bacalhau!
Acontece que este animal se encontra no topo da cadeia alimentar. Isto é, no quarto nível, e ao ser dizimado, para ser servido à nossa mesa, arrasta consigo animais e plâncton dos três níveis abaixo, não permitindo a sua reposição.
Dá que pensar. Mas pensar para agir.
Outra "coisa" que muito me anda a incomodar nos últimos anos e que veio à baila actualmente, por causa das eleições nas regiões autónomas, é o presidente do governo regional da Madeira.
Aquela pessoa representa um atentado à democracia. Um atentado à nossa cidadania, mesmo individualmente, através quer das suas diatribes sobre nós - continentais, políticos e cidadãos anónimos - quer através das pressões e chantagem que exerce sobre o poder político inserindo-se completamente à sua margem, fazendo o que lhe dá na gana, num total desrespeito pelos princípios básicos da democraticidade, respeito humano e leis do país.
Considero-o um atentado e é-me incomprensível que o pior que a democracia pode dar se tenha tornado na árvore das patacas das ilhas, mas uma árvore tentacular e maligna, qual "POLVO", que extravasa e afecta a vida de todos nós duma forma que nos envergonha - ou devia envergonhar, e aqui duvido, pois se o estado português permite as suas atitudes (e não há eleição que possa legitimar este estado de coisas) é porque não partilha a minha opinião. Ou está míope, cego, ou...........................................(!?)
O que acham?