É nas falas que se inserem os símbolos dos dias.
Deveríamos estar-lhes mais atentos.
Escorrem nas conversas de café, nas conversas ao telemóvel, nos chats, talvez também nos blogs e, principalmente, nas mensagens SMS.
Falas que se inscrevem em conversas sem peias, sem grandes níveis de censura, sem controle, porque tudo navega no imponderável, no informal, no convívio companheiro e também na ausência do outro, quando não: falas de "outros" ficcionados por eles mesmos - alter egos criados virtualmente?
Os símbolos acompanham-nos, mas cegámo-nos para eles. Em nome da racionalidade e do pragamatismo auto-mutilámo-nos.
É preciso voltar a procurar essa parte e deixarmo-nos invadir por ela, abrir as portas da emoção (contida) e olhar para ver; escutar para ouvir e, já agora, olhar também para o mundo ao redor e para os céus.
Olhar as estrelas e a lua, de dia ver o sol e senti-lo. Deixar o vento passear o nosso corpo e apreciá-lo.
Podemos começar por aqui e deixar a emoção reconstituir-nos. Não se esqueçam que agora o QE (quociente emocional) destronou o QI.
Estamos todos sancionados pela ciência o que, neste caso, é uma boa coisa.
Aproveitemos a noite e olhemos a lua que está magnífica e...quase Lua Cheia (caso não saibam).
Mas o exercício final, o objectivo último, é o de despertarmos para os outros
nas suas diferenças e idiossincracias- riqueza da humanidade- nos seus gestos de ternura, nos gritos de socorro, tantas vezes ignorados.
Bora lá ouvir os sinais dos dias que se inserem nas falas dos nossos múltiplos quotidianos.
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