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Não aceito esta estranha obscuridade que me rodeia.
Uma obscuridade que persiste em tornar-me invisível.
Alimento o meu isolamento, salvaguardo-o.
Nele e dele minha alma se sustenta e alimenta.
Mas esta estranha obscuridade, invisibilidade, manto criado por estranhos, frios e indiferentes olhos que vêem mas recusam ver, ver-me, ver-nos, incomoda.
Mas incomoda somente porque lhes não reconheço, não lhes dou o direito de me ignorarem, de ignorarem qualquer um em função dos seus interesses.
Do seu desinteresse.
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