Foto de Vera Cymbron
Doía-lhe alma.
Por isso, com cuidado,
pegou nela
como coisa frágil
que é (pelo menos a sua)
e pô-la debaixo da chuva
mansa e fresca
que caía.
*
Por detrás das nuvens
O sol rasgou
um sorriso,
e a alma chorou
amargas lágrimas
pela incompreensão
no mundo, pelas destrutivas
e mesquinhas formas
de olhar o outro,
de o julgar,
mesmo não o conhecendo
sendo que o conhecer
alguém
nos não dá esse direito.
*
E a alma chorou
pela vacuidade das
palavras.
Palavras como:
irmandade, solidariedade,
Respeito, amor...
E tantas, tantas outras...
O sol, passando
por elas, amaciou a dor
e transformou-as
em miríades
de cintilantes arco-íris
iluminando os céus.
P.S - e sábado é dia de fazerem uma passagem no ORGIA
Espero-vos lá :)
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