31 maio 2006
29 maio 2006
Nascida a 29 deMaio
Há 36 anos atrás nasceu minha primeira filha e o mundo ficou mais rico.
Eu fiquei. Mas não só eu.
Quando quero falar dos que muito amo sempre me faltam as palavras,.
Nunca nasceu um poema...uma frase de rara beleza que se lhes ajuste.
Enredo-me nelas porque as palavras não chegam por demasiado banais.
O scanner hoje decidiu não trabalhar, as imagens não passam.
Uso então as que estão em memória e na minha relembro as primeiras imagens, os primeiros olhares. em que tudo foi claro, perfeito e belo para além do que qualquer palavra existente poderia dizer.
E a vós outros, que caminhais por este mundo onde as coisas não são tão "virtuais" quanto se julga, convido para a nossa mesa como amigos que sois e que juntos, confraternizemos, comamos, brindemos, e rejubilemos nesta farta mesa onde nada falta porque abunda AMOR.
Saúde, longa e profícua vida à Ana e que a luz sempre nela brilhe .
Tchim, tchim....
* Clica para saberes mais.
26 maio 2006
MUNDO
Por todos os adultos de hoje que já foram vítimas de mau-trato... ou abusos.
uma criança chorava
um grito
nesta rua perdida.
Nesta rua imensa
sem desvios ou travessas.
Nesta rua rasgada
ao sol nascente aberta.
Nesta rua onde o olhar
se perde e não encontra
a linha do horizonte.
Da VID
Um dia
uma criança chorava
um grito perdido
nesta rua onde tudo
começa e nada acaba.
Um dia
uma criança chorava.
E eu, no meio da rua,
olhava e procurava
a criança perdida,
amálgama de multidões,
de ideias, de projectos,
de sonhos e intenções
- ideais.
Olhava e procurava.
E a criança chorava
um grito que se ouvia
em toda a rua da vida
e todo o mundo passava
naquela rua a direito,
em que o fim nunca se via.
E toda a gente caminhava,
Caminhava...
Só eu não podia.
aquela criança perdida
que chorava....
onde estava?
porque chorava?
e eu, no meio da rua
(da vida)
tão perdida como ela
procurava.
Procurava
e não descobria
que era o teu-meu-grito
que se ouvia.
P.S - quero deixar ressalvado que entre muitas coisas boas que tive o privilégio e a sorte de ter na vida, uma foi a de ter uns pais que nunca ergueram a mão para qualquer um dos filhos, nem os maltrataram psicologicamente.
Faço esta ressalva para que nenhuma dúvida recaia sobre eles, meus amados e extremosos pais.
24 maio 2006
Luto
o Fernando, "F" de fraternidade como se solidariedade assim se escrevesse também, partiu.
Ficaram mais ricas as estrelas.
E nós, apesar da dor, também.
Fica bem, Fernando.
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22 maio 2006
18 maio 2006
ESTA FOME
É fome! Fiquei a pensar na palavra.
Esta fome de correr o mundo.
Esta fome de deliciar os olhos
com os espaços,
as florestas, os desertos,
os mares, as montanhas...
.................................... .a vida.
Esta fome de correr e preencher
o vazio anulando-o
definitiva e inelutávelmente.
Esta fome de absorver tudo e todos.
Esta necessidade de viver
num vórtice que me leva a encantar-me
e que torna azuis como o céu
os meus olhos negros.
****
Esta fome que arrasto e acaba
arrastando-me a espaços insondáveis
da mente e da alma...
esta fome insaciada
esta fome insaciável
................................sou eu.
15 maio 2006
SOU LIVRE
11 maio 2006
Constatação
um gesto
um grito.
Entre cada ser
a procura.
Inexistente.
Entre cada ser
dois quereres
duas vontades,
dois desejos.
E de novo.............. UM grito.
*
.......... «Impotente
............ a força do bem querer....»
Fraternidade...!?
Que palavra,
que sentido?
.......................«o MEU querer!
.........................o MEU querer!
............................. Se tu não queres
............................. te declaro meu inimigo!»
Vivo(emos) num mundo onde cada vez mais falam em fraternidade e espiritualidade e cada vez mais se constactam estas atitudes, vindas de quem mais prega.
09 maio 2006
E agora?
Hoje fui ao blog da Raquel V. e roubei-lhe o magnífico texto que colocou no 25 de Abril. Um testemunho impressionante de uma jovem cidadã interventora, consciente e solidária lutadora,
Antes do texto dela deixo-voo o meu comentário que só hoje consegui escrever. leiam o texto da Raquel, com atenção e carinho, olhem-no como porvindo de uma jovem com consciência social e não movida por isnstintos primários e meramente pessoais. Ouçam o grito de revolta em que nos diz do mau-estar, dos erros e dos abusos a que hoje estão, de novo sujeitos os trabalhadores. Os jovesn e todos os outros. E reflictamos sobre a herança que deixamos. a herança do 25 de Abril. Nós tivemos a festa, a solidariedade eufórica, a bebedeira de liberdade e de azús e vermelhos (do sangue e da vida - aqui sem conotações políticas) gritados bem alto...
E agora o que há?
o que sobrou para além da liberdade?
e, mesmo essa, estejamos atentos porque vai sendo cerceada em nome das produtividades, do desenvolvimento... Desenvolvimento que não sentimos e que estudos nos vêm agora dizer que só em 2050 e...(?) lá chegaremos...
Antes, na minha infância e juventude nada havia de segurança social e saúde.
Os estudos eram... para alguns...
As pessoas tinham que amealhar para viver na velhice.
As roupas, mesmo nas famílias "com posses" (terminologia da época), era refeita e trifeita, passando de pais para filhos, dos irmãos maiores para os mais pequenos. Iam costureiras a casa, aos dias, fazer esses trabalhos de "arqitectura nos trapos". Não ha mal nenhum em poupar, antes pelo contrário. O mal é quando é a única saída. E o horizonte mais curto do que a ponta do nariz.
As famílias pobres comiam, muitas vezes, pão com cebola (tenho testemunhos que aqui, no norte era corrente). E faziam "caldo" com água quente, côdeas de pão e...vinagre Porque o vinagre enganava a fome - mais testemunhos directo de quem o viveu.
E deixamos que nos arrastem?
e
os nosso sonhos, e os sonhos de nossos filhos e netos?
«Minha "crida" menina-grande-mulher. Li-te na altura e chorei. Chorei convulsivamete pq te entendi muito bem, bem demais, pq senti e sinto o mesmo e sou da geração dos k lutaram e fizeram/tornaram possível o 25 de
Data a NUNC
Quem quiser entender veja os documentários da época, ouça e leia os testemunhos de milhares de estrangeiros k migraram para o "milagre da revolução" dos cravos.
O povo, feio cansado e bruto k parecíamos, floresceu.
Os sorrisos habitaram o nosso mundo e não só.
O mundo ficou + rico e essa riqueza tinha um nome: liberdade.
Liberdade conquistada e expressa com uma tal segurança e confiança no porvir k o grande capital mundial tremeu.
E os nosss políticos foram indo na onda.
Uns + rápido do k outros.
Vi, estive, lutei, vivi.
Vi as pessoas a serem corrompidas.
Vi as almas a enegrecerem.
E chorei.
E tive k me afastar e durante anos, qnd ouvia
«Hoje
Não desejo recordar o que não vivi, disso nada sei.
E o que me contam encaixa unicamente nos livros da História de Portugal, nas épocas da inquisição, nos tempos da ignorância.
Não me contem sobre o ontem, digam-me o que vão fazer amanhã porque é disso que eu quero saber.
Expliquem-me porque sou velho aos trinta, não me digam mentiras, digam-me a verdade.
Expliquem-me porque me pagam parte do ordenado "por fora", não me digam que fui eu que aceitei, porque eu tinha uma casa para pagar.
Expliquem-me porque "vi" assinar falsos contratos, não me digam que o "não" se impunha, porque perante ameaça quase todos sucumbem.
.... porque muitos tinham filhos para alimentar, casas para pagar, vidas a começar!
Digam-me se apenas querem recordar, o que estamos a festejar. O escrever sem medo?
Pois vos digo que tenho medo!»
P.S - a imagem é a original do post da Raquel.
05 maio 2006
Corre-se. Pela vida.
Corre-se. Sem bandarilheiros
Nem orquestra. Corre-se
contra o vento. Contra a vida.
Para a ganhar. Merecida.
Corre-se. Pela vida.
Corre-se. Contra tudo.
Contra a vida. Queixo erguido.
Pisada forte e segura
para a levar de vencida.
Pela vida, corre-se.
Sem bandarilheiros. Sem
Orquestra. Corre-se contra
a sorte. Contra o vento.
Contra tudo. Se necessário
contra a vida. Para a levar
bem vivida. Sempre.
Cabeça erguida.
Dedico este poema à minha amiga Blue Shell.
03 maio 2006
No ar fluiu, leve, um perfume amado
No ar fluiu, leve, um perfume amado
do nada surgindo e toda me envolvendo.
Uma onda de pensamento libertado
o vento, o mundo – partiu – me dizendo.
****
Parada, bem fundo o inspirei.
Cresceu o cio, como presente o ser amado
****
o qual só o é, no pensamento meu.
Digo: amo-te, e logo me retraio
porque a alma vibra e o corpo chama
num fogaréu que só a um queima em vão.
****
Vai. Meu corpo é repouso, não amarra.
Minha alma, luz e laço, não cadeias.
São janelas os olhos, mas sem barras.
O pensamento, é só um vento que ondeia
****
E neste ir e vir em que surgiste breve,
te encontro, mas sempre perco teu rasto.
Não se cruzam os caminhos. Teus anseios
aos meus não se acrescentam. Parte. Parte leve.
01 maio 2006
25 de Abril de 74/ 1º, 1º de Maio
e na casota da Inês, minha neta, podes ver como o testemunho do sonho da liberdade e da fraternidade universal, já brilha, através das palavras da própria.
P.S - clica na imagem para ampliares.
E já passate pelo ORGIA?
Imperdível! Digo eu que sou suspeita.