01 janeiro 2012

Contradições da escrita, do ser e seus sentidos - poema, não poema,prosa: onde e como?

Estes três textos vieram, em resposta ao desafio de acrósticos sobre o Natal, da mente e mão (amigas) de António Oliveira. O natal passou. Considerei serem escritos muito adequados a este 1º de Janeiro de 2012. Acreditem que valem bem a(s) leitura(s), digo eu. 

acróstico Natal



                      Nnnnnnooooiiitte!
                     
                      Alecrim

                      Ternura

                      Alguém

         (e uma) Lágrima...
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?O que é um poema?


Isto é um poema!

solidão!!!.

isto não é um poema!

“vogais”

 amar?
 doer?
   sim,
amor!
   eu!

e isto é um poema!

“amar”

amar não brinca palavras
trinca, mói, (dói!), palavras de viver!


e isto, obviamente, não é um poema!

“prosa?”

um poema é a dois, mesmo que só haja um! ou dois em um! ou um que falta! ou um que já não é, nem sabe ser, só! nem Narciso amava só (tinha uma imagem!), e nem era amor!
um poema é dois versos (dois versos fazem um poema!) e um poema não é dois versos, mesmo que escrito a dois!
não cabe num poema o cheiro, o sabor, o sentir, o calhar, que não sabem viver sozinhos!
um poema é obra da mão encaminhada por outro, o tu que inventa o eu (e se for ao contrário não me importa!), e é por isso que é escrito a dois! e os dois são o poema!
e o que é um poema?
não sei!
António Oliveira

1 comentário:

Daniel Aladiah disse...

Querida Conceição
Ano novo muito feliz!
Beijo
Daniel