Talvez um poema de Natal e desafio a todas/os

talvez um poema de Natal



dizem:
- tens um ar cansado!

sim, tenho!
tenho um ar cansado.

cansados alma e ser.

a matéria que o corpo
constitui,
a imponderável invisível
e etérea substância –
pó das estrelas –
que a alma, espírito,
o SER, constitui.

a unidade que sou,
cansada.

cansada de des-amores
em todo o
tipo de relações entre os seres.

cansada a alma
exausto o corpo
frustrados tantos sonhos
logo repostos por sonhos outros
que a vida é movimento -
acção e reacção –
fé em si e nos outros…

em jeito de balanço,
bem ao alto, ergo
o cálice da água que nos
constitui e digo:


_ varram-se, para longe,
ilusórias, unilaterais
amizades.
cesse o pranto da alma
em que o corpo soçobra.
altivos e belos
se ergam os lírios do campo
e a majestosa
os céus corra,
simultâneos os seus quatro
ciclos.

quedem-se as vozes
no silêncio
e nele se reconstrua
um mundo sem logros
bem-vinda toda a diferença seja –
riqueza maior
da humana espécie -
e que
a intemporal mensagem
ao longo dos séculos
por tantos dita,
nos corações faça eco
e ninho. casa e CAMINHO.

“ama o “OUTRO” como a ti mesmo.”

sempre esquecemos:


- o “outro” somos nós!

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Aqui deixo um desafio a quem quiser entrar: fazer um acróstico com a palavra NATAL

Enviem para Tostimara@mail.com que o colocarei aqui.

Não esqueçam o nome e o link do vosso blog para o referir.

o meu contributo com 2 acrósticos:

I

..Nascimento da
..Àgua da vida
.“Tu”…eu, unidade em
..Amor e
..Liberdade.

II

Nada morre. nunca tal
Acontece. quando
Tu, que desconheço, morres a
Alma, nossa e única, se
Liberta e voa e um grito de dor
............................ [sempre ecoa]

TMara

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III

. ‘Neste dia do ano
. Antes do nascer do sol
. Talvez as aves
. Amanheçam
. Livres em mim.’

Paula Raposo

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IV

Numa longa espera
Agora e sempre
Trago tua magia
Assente e certa
Leve suave brisa.

Paula Raposo

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V

Nome infinito

Apenas lido agora

Tu e eu veementes

Após o Inverno gelado

Lamento da neve...

Paula Raposo

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VI

Neve cai. suave e

Alva sobre o mundo. em

Tudo reflecte a luz da

Alma. viajante

Luar no céu de nosso olhar.

Amla

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VII

Nada no mundo existe a não ser
Alma, espírito solto em ondulações
Tu , Eu, em pura energia de
Amor para além do vácuo do espaço,
Liberto para o início de toda a criação

Claras Manhãs

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VIII

Nada se move tudo se aquieta na

Alvorada dourada e mansa

Todo o mundo se ilumina

Ao nascer o astro-rei

Luzeiro nos caminhos da vida.

Eremita

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Nada sei de assuntos de
Alma pois perdida em mim anda
Tal etérea presença a ponto tal que
Assim me perco com a esperança
Lume leve que me consome.

Dark

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Nada é impossivel.

Amor é sustento intemporal.

Tudo resulta dum simples gesto.

Abre os braços à vida, e sê

Livre vontade em compaixão!

V.F.S.

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Nuvens, neblina, névoa

Ando sempre à deriva….eu sei…

Tropeço, mas não caio…

Abro a boca para falar….

Lentas, as palavras desistem de mim

Marta

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Não existe só este dia
Amar é ser-se nobre e constante
Tem a máxima diária!
Amizade e todo o amor é o

Lema da vida e nos faz sorrir!

zezinho mota

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Nesta noite os

Amantes reencontram-se

Trazendo memórias de

Amor e

Luz

ana eugénio

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Nada tenho a dizer…

Apaixono-me….

Tenho momentos e poemas….

Andam sorrisos perdidos….

Laços, luzes, brilhantes.

Marta

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Nutre a terra com teus
Abraços e forma uma palavra de
Trigo: todo o cante e toda a
Aurora é a voz do menino que se
Levanta.

jorge vicente

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Nem sempre o caminho se abre

Ao sonho bonito de um Pai Natal

Todo enfarruscado a descer da chaminé;

A mais das vezes é um homem de verdade

Ladrão de sonhos, de risos, de meninos sem fé!

Jawaa

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Numa noite igual a tantas outras

Alguém especial nasceu!

Trouxe a bondade e esperança,

Alegria para todos os povos,

Luz para os homens de boa vontade

Mac

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Não sermos tudo ou nada

Apenas existir.

Todos sem memórias nem antecipações,

Apenas ao presente sermos fiéis

Limitando-nos a ser Luz, Espírito

claras manhãs

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Nnoite escura em claro
Amor, que na vida
Tem herança
Alegria em muita dor
Longo choro de criança!...

Maria Mamede

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outros natais

Nada soava naquele cenário de guerra

até mesmo o forte vento se calara

tudo em volta era razia e a terra

ao sentir-se por fim livre da metralha

latejava como se doce acordara

.

Num recanto mal coberto da poalha

a que o alvor da manhã já nos furtara

tiritando uma criança em alva palha

a sua mãe que entre o medo já sorri

lhe oferta o seio que a fome ansiara

.

No mais fundo do casebre descobri

as mãos presas 'inda à arma que matara

tão ferido no olhar jazente ali

a cobrir com seu corpo o filho e a mãe

lado a lado o pai que por eles lutara...

Jorge Castro

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Namoro com a vida

Amo o ar que respiro

Tudo ganhou sentido

Alimentei-me de sofrer

Lá, onde tudo é descabido

Teresa David