Podem ler os textos enviados por todos os partcipantes no Eremitério.
Entretanto oferto-vos alguns textos mais, escritos com as mesmas palavras.
~~~~~" " ~~~~~
com autêntica paixão
límpido querer
sem deriva nem
efabulação ou salsifré
o novo singular
e supremo ser vê-se a
renascer.
escaganifobética forma esta
de ser.
límpido querer
sem deriva nem
efabulação ou salsifré
o novo singular
e supremo ser vê-se a
renascer.
escaganifobética forma esta
de ser.
~~~~~ " " ~~~~~
oração fúnebre
amigo de longa data de Edilberto quero partilhar convosco a memória mais marcante que me deixou. afinal uma herança para todos. pura sabedoria, se atentarem nas minhas palavras.
Edilberto viveu toda a vida com paixão. sem qualquer deriva. norteado por autêntico e singular novo e límpido querer renascer na alba de cada novo dia. transformou o lema, “vive um dia de cada vez” ou “carpe diem”, em suprema sabedoria da vida. esta foi-lhe sempre um corrupio, viveu-a num autêntico salsifré, pulando de festa em festa com uma leveza de alma e de pés que dir-se-ia voar. nos olhos e no sorriso constante, nas gargalhadas algo escaganifobéticas que atirava ao ar como soltos bandos de trinadoras aves emergia todo o prazer que encontrava no acto de viver. da mesma forma ultrapassava as contrariedades, como quem, displicentemente, sacode um pouco de farinha que lhe caiu no fato, rematando sempre com as suas tão célebres, estranhas e contagiantes gargalhadas.
e se pensarem no que hoje evoco do nosso amigo e parente Edilberto verão que o seu modo de viver encerra poderosa fábula que a todos ofertou generosamente.
amigo de longa data de Edilberto quero partilhar convosco a memória mais marcante que me deixou. afinal uma herança para todos. pura sabedoria, se atentarem nas minhas palavras.
Edilberto viveu toda a vida com paixão. sem qualquer deriva. norteado por autêntico e singular novo e límpido querer renascer na alba de cada novo dia. transformou o lema, “vive um dia de cada vez” ou “carpe diem”, em suprema sabedoria da vida. esta foi-lhe sempre um corrupio, viveu-a num autêntico salsifré, pulando de festa em festa com uma leveza de alma e de pés que dir-se-ia voar. nos olhos e no sorriso constante, nas gargalhadas algo escaganifobéticas que atirava ao ar como soltos bandos de trinadoras aves emergia todo o prazer que encontrava no acto de viver. da mesma forma ultrapassava as contrariedades, como quem, displicentemente, sacode um pouco de farinha que lhe caiu no fato, rematando sempre com as suas tão célebres, estranhas e contagiantes gargalhadas.
e se pensarem no que hoje evoco do nosso amigo e parente Edilberto verão que o seu modo de viver encerra poderosa fábula que a todos ofertou generosamente.
~~~~~" " ~~~~~
Vidas às avessas
num mundo onde:
-o barulho, a sobreposição de ruídos em todos os lugares, ruas incluídas, é agudo e crónico salsifré;
- a deriva da verdade e da aplicação da lei uma constante. viver ou querer fazê-lo de forma autêntica e límpida, respeitando a singularidade da personalidade, é coisa escaganifobética, ou supremo delírio;
- a primazia do novo sobre o mais velho ou o velho, doentia paixão que leva a continuados e por isso tresloucados actos cirúrgicos procurando um impossível renascer em vez do normal crescer e… envelhecer.
será que criámos um mundo onde não há verdade, por mais poderosa, que inverta este delirante modo de vida?