28 março 2007

convite


a todos os que por aqui passarem deixo o convite.

Sem vós esta é uma "missa" que não pode ser oficiada.

A poesia é comunicação aberta e pura entre o poeta - através das palavras que expressam sentires - nós, e os outros.

Estaremos à vossa espera:
sábado, 31 do corrente pelas 21h30,
no Salão Nobre da Junta de Freguesia de S. Mamede de Infesta,
para participarem na apresentação do
1º volume da ANTOLOGIA de poesia, DezSete
iniciativa da EDIUM EDITORES


O nome deriva do facto de a ANTOLOGIA ir colectar poemas de sete poetas de cada uma das 10 freguesias do Concelho de Matosinhos.
Neste volume, para quem anda na blogosfera, participam a Maria Mamede, esta que vos fala e o António Durval.

Acrescem, de fora deste espaço, Maria José Rocha, Teresa Gonçalves e Vitor Carvalhais.


Por último destaco o meu amigo Daniel Gaspar, poeta e auto-didacta, falecido.
Os poetas lerão dois dos poemas constantes da mesma e contamos com a presença de um grande
"diseur" - o Amilcar, bem conhecido dos amantes da poesia.
Intervalando os poetas, o Carlos Andrade encantará com a voz a e viola.
Esperamos por vós.
Estas acções não têm sentido sem a presença dos amigos.
Mesmo daqueles que só conhecemos por estes caminhos e encruzilhadas.
P.S - agradeço divulgação.

20 março 2007

ODE À PRIMAVERA

(Primavera - Botticelli)

A vida anda possessa de Poesia!
Anda prenha de mosto!
Ou é da luz do dia,
Ou é da cor do rosto,
Ou então quer abrir-se, neste gosto
De pão com todo o sal que lhe cabia!

Tem narcisos de amor no coração,
Folhas de acanto nos sentidos!
E carícias na mão
A espreitar dos tendões adormecidos!

Toca-se numa pedra, e ela treme!
Murmura-se uma prece, e a boca grita!
A rabiça do arado é como um leme
Sobre a terra que ondula e ressuscita!
Quem avoluma a sombra, ou quem a teme?
Cada presença é um hino que palpita!
E se na estrada alguém discorda e geme,
Ninguém que vai no sonho o acredita!

Serás tu, Primavera?
Tu, com frutos na rama do futuro,
Com sementes nos pés
E flores inúteis sobre cada muro,
Contentes só da graça que tu és!



Miguel Torga

17 março 2007

convite

a todos os que por aqui passaram e quiserem deixo o convite a comparecerem,
sábado, 31 do corrente pelas 21h30,
no Salão Nobre da Junta de Freguesia de S. Mamede de Infesta,
para participarem na apresentação do
1º volume da ANTOLOGIA de poesia, DezSete
iniciativa da EDIUM EDITORES

Aqui imagem da capa aberta.

O nome deriva do facto de a ANTOLOGIA ir colectar poemas de sete poetas de cada uma das 10 freguesias do Concelho de Matosinhos.

Neste volume, para quem anda na blogosfera, participam a Maria Mamede, esta que vos fala e o António Durval. acrescem, de fora deste espaço, Maria José Rocha, Teresa Gonçalves e Vitor Carvalhais.

Por último destaco o meu amigo Daniel Gaspar, poeta e auto-didacta, falecido.

Os poetas lerão dois dos poemas constantes da mesma e contamos com a presença de um grande

"dizeur" - o Amilcar, bem conhecido dos amanes da poesia.

Intervalando os poetas, o Carlos Andrade encantará com a voz a e viola.

Esperamos por vós.

Estas acções não têm sentido sem a presença dos amigos.

Mesmo daqueles que só conhecemos por estes caminhos e encruzilhadas.

P.S - agradeço divulgação.


16 março 2007

Lendo Natália Correia



Bastam-me as cinco pontas de uma estrela
E a cor dum navio em movimento
E como ave, ficar parada a vê-la
E como flor, qualquer odor no vento.

Basta-me a lua ter aqui deixado
Um luminoso fio de cabelo
Para levar o céu todo enrolado
Na discreta ambição do meu novelo.

Só há espigas a crescer comigo
Numa seara para passear a pé
Esta distância achada pelo trigo
Que me dá só o pão daquilo que é.

Deixem ao dia a cama de um domingo
Para deitar um lírio que lhe sobre.
E a tarde cor-de-rosa de um flamingo
Seja o tecto da casa que me cobre

Baste o que o tempo traz na sua anilha
Como uma rosa traz Abril no seio.
E que o mar dê o fruto duma ilha
Onde o Amor por fim tenha recreio.



Natália Correia
Poesia Completa
Publicações Dom Quixote1999

12 março 2007

Resposta ao desafio feito por

Tozé com as palavras abaixo indicadas.
Podem ver no blog, Ministério da Soltura

Da dócil boca, vagos murmúrios, fragmentos da luta no auge da preeminência da paixão, atropelam a torrente de risos que caem no chão.

Breves fragmentos desta prosa de Inverno, que se esmagam na frieza do gesto, enquanto pelas coxas, poderoso íman, a torrente de sangue desenha traços de vida

11 março 2007

Foi só um som


foi só um som.

penetrou minha
consciência, do
corpo ausente,
e de volta a trouxe.

não foi um som
enorme
assustador.
mas foi um ...BUMMMM
como que amortecido
vindo das entranhas
da vida
e a consciência soube
que era
um som de muita dor.

de longe vindo
por isso amortecido
e não assustador
mas a consciência
soube.

soube que era
um som
cheio de dor
e foi tanta a dor
que a consciência
sentiu
que se propagou
a todo o corpo,
nervo a nervo,
e o corpo gritou
a dor de tantas vozes
que se tornou esmagadora.




A todos os 11 de Março e outros.
A todos os dias em que os homens se matam uns aos outros

09 março 2007

e porque ontem foi o dito DIA MUNDIAL DA MULHER...

...mas hoje já não é
aqui deixo alguns modelos ....
Nada mais necessita ser dito.
A imaginação de cada uma/um sabe fazer o resto.



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