31 dezembro 2012



Em Guimarães com a PORTOGRAFIA
Como a vida é uma caminhada e um continuum, que haja poucas pedras no nosso caminho e as que surgirem sejam tornadas em degraus ;)) Bjs
      P.S - O caixote do lixo é para isso mesmo. Algum lixo que surja no caminho...

18 dezembro 2012

pesadelo na madrugada



Não sei o que me aconteceu mas a noite passada foi de insónia.
 Na ocupação da mesma fiz variadas coisas e, pelas 06H00 decidi ouvir o noticiário das 6.

Como se a insónia não bastasse "apareceu-me" um pesadelo sob a forma de Presidente desta República.
Numa crispação, muito mais intensa do que o costume e deformante do facies, inquirido sobre o Orçamento Geral do Estado só respondia aos repórteres que: não cederia a pressões.
  1. Se se referia a pressões do governo, bancos e afins, entendo e louvo;
  2. se se referia á pressão do povo Português que JUSTAMENTE clama de todas as formas que pode então....................................................
  3. AH, esquecia-me - também repetia que tinha em mãos mais 20 diplomas para apreciação. Fiquei sem saber o que queria que entendessemos com esta afirmação, mas pareceu-me que nos informava ser um trabalhador incansável, sobrecarregado e incompreendido, a quem nem devíamos (por meio dos repórteres) pedir, esperar  e ,muito menos : exigir clareza e decisões!
O certo é que, tanto quanto tenho ouvido e lido nos media, hoje é o último dia para enviar  o OE/garrote sobre todos nós já pré-garrotados, ao Tribunal Constitucional.

Ficou entre "Pesadelo em Elm Street" e o pesadelo Américo Tomás.
Cada vez fico mais na dúvida se o espírito do último não desceu sobre Cavaco Silva.

17 dezembro 2012

Cito: "O Tribunal Constitucional não pode funcionar como um contrapoder"

No J.N de hoje, segunda-feira, 17.12.12:26, no artigo de OPINIÃO  de Aida Santos intitulado « A Constituição é só para tempos de vacas gordas»? podemos ler:

   «Andam por aí a dizer que, tendo o orçamento sido aprovado pela maioria que temos, o Tribunal Constitucional (TC) não pode funcionar como um "contrapoder político".»
 
Lembremos excertos da Declaração de voto de TODA a bancada do PSD na votação
do Orçamento Geral de Estado (OGE)
1.      « O esforço de consolidação orçamental para 2013, de cerca de EUR 5.3 mil milhões (3.2% do PIB) assenta, assim, em cerca de 80% do lado da receita e apenas em 20% do lado da despesa, invertendo a orientação sugerida pela literatura da especialidade(…);
2.       (…) estes Deputados não podem deixar de referir que prefeririam que a indispensável redução do défice público para 2013 não fosse realizada com uma enorme contribuição do lado da receita, nomeadamente uma acentuada subida de impostos.
3.       (…)  perante as alterações fiscais propostas no OE’2013, o esforço fiscal relativo subirá para mais de 20% acima da média europeia no próximo ano, será o quinto mais elevado de entre os 27 países da UE, agravará a já desfavorável realidade fiscal de 2012, e contribuirá para a manutenção da recessão que desde 2011 se verifica.
4.       Historicamente, a posição do Partido Social Democrata tem-se caracterizado, em geral, por uma oposição ao agravamento fiscal como forma privilegiada de combate ao desequilíbrio das contas públicas(…)»
E continua, sendo que o tom é sempre o mesmo e contrário ao Orçamento que aprovaram, por covardia digo eu, porque, derivado ao contrato partidário de obrigatoriedade de voto em certas matérias - as fulcrais para o país - os deputados corriam o risco de serem..."despedidos".
Notemos que a "lealdade" de voto dos deputados é para com o partido sob o estandarte do qual foram eleitos e não para com os cidadãos/país que os elegeu para defenderem os seus interesses e não os de uma "pseudo.elite política versus aparelho partidário".


IMPORTA clarificar as funções do Tribunal Constitucional.
 
De forma sintética mas clara:
  1. Fazer os governos cumprirem a Constituição da República Portuguesa, SEM EXCEÇÕES, não permitindo a aprovação de toda e qualquer lei que a fira ou viole (note-se que foi aberta uma exceção no tocante à retenção dos subsídios de férias e de Natal) A Constituição da República Portuguesa;
  2. Não tem competência política muito menos funções de branqueamento de legislação inconstitucional.
Dito isto:
quem por aí profere tais afirmações não passa de um chantagista, melhor de um terrorista...

o terrorismo cultural já vem de trás.
O programa Câmara Clara foi ...en(c)terrado.

15 dezembro 2012

como perceber? que justiça?

Excerto da sentença:
"O que fez foi de uma enorme crueldade e de uma malvadez inqualificável (...) e não revelou arrependimento."
Jorge Melo, Juíz do TribunalCriminal de Lisboa, in: J.N, 15.12.12:14
 
Refere-se o excerto da sentença aplicada ao padrasto, homem de 22 anos, que seviciou o enteado de DOIS (2) anos a seu cargo, enquanto a mãe trabalhava.
  Ao fim de três dias a mãe deu conta de hematomas e levou o filho ao hospital onde foram ainda detetadas as seguintes lesões:
  • um braço partido;
  • cabeça fraturada;
  • marcas de pontapés no pénis e nas nádegas;
  • queimaduras feitas por cigarros e por um aquecedor, em várias partes do corpo.
ESTE BEBÉ esteve internado  113 dias (quatro meses menos sete dias) em tratamento.
 
O TRIBUNAL CONSIDEROU PROVADAS TODAS AS AGRESSÕES!
 
A SENTENÇA: pena suspensa de 3 anos e nove meses num quadro penal que podia ir até aos 5 (cinco) anos de cadeia.
 
 
P.S - em Novembro de 20111, o agora agressor, fora julgado por roubo qualificado, sendo condenado (também) a 3 anos com...pena suspensa.  
 
CRISE DE VALORES? ONDE?  JUS-TI-ÇA??????










21 novembro 2012

"...Se soubesse o que sei hoje..."

O título deste post, sendo uma frase do dia-a-dia de muitos de nós, dita e redita ao longo dos anos, ganha um sentido diferente/novo, um peso que não tem quando nós, meros cidadãos a proferimos, porque foi proferida pelo actual Ministro das Finanças, Vítor Gaspar no exercício das suas funções.

Tenho pena de a não ter ouvido - gostaria de apreciar o contexto - mas li-a no Jornal de Notícias (J.N) de hoje, 4ªf, 21.11.12:18, na crónica: CAUSA E FEITO, por Paulo Ferreira (subdiretor), a propósito do "combate "(? eu diria: aumento, reforço da) (à) CRISE entre a fúria recoletora a que nos tem sujeitado ou à opção de cortar nas BANHAS do estado (muito mais do que gorduras) e não tem a ver com os pensionistas e os denominados funcionários públicos dado que sendo muitas as categorias de trabalhadores com contrato laboral com o estado só uns são considerados nesta categoria e pagam a crise - os que menos podem e menos ganham.
  Se tudo o que é público está super-dimensionado no tocante ao número de trabalhadores a responsabilidade não é destes mas do próprio estado, autarcas e gestores das empresas públicas e das público-privadas, ou seja: de todos os que gerem e gerem muito mal sendo pagos a preço de ouro para fazerem o funeral do país e do seu povo.

      Assim disse o senhor Ministro das Finanças empossado há um ano, quatro (4) meses e dez(10) dias: « Se soubesse o que sei hoje, teria feito coisas diferentes.» 

 Talvez tivesse tido o bom senso de não aceitar o cargo, digo eu.
E(in)VOLUÇÃO do povo Português

16 novembro 2012

notícias

...nada de novo a ocidente, na Lusa terra.
Vejamos, das noticias lidas no J.N (Jornal de Notícias) quero destacar duas:
  1. J.N , 6ª-f, 2.11.2012 - «77 MIL reformados da Segurança Social vão pagar taxa de solidariedade.»*
«Em 2013 cerca de 4800 pensionistas vão deixar de receber o complemento por dependência de 1º grau (...)»*
O dicionário dá como sinónimos de solidariedade:
(solidário + -edade)

s. fs. f.
1. Qualidade do que é solidário.
2. Dependência mútua.
3. Reciprocidade de obrigações e interesses.
4. Direito de reclamar só para si o que se deve a todos.
Destaco o sinónimo nº 3:
- a reciprocidade do governo para com os reformados que ao longo de anos e anos de trabalho cumpriram a sua parte do contrato social - reciprocidade concretizada pelos descontos efetuados, nos impostos pagos e no trabalho desenvolvido para o crescimento de Portugal - é nula e de nenhum efeito, num desrespeito total pelo contarato social num despudor inclassificável  dizem: «...reformados vão pagar taxa de SOLIDARIEDADE.»  A hipocrisia deste governo não tem limites.
    
  2. in, J.N, 5ªf, 15.11.2012:33
«É altura de fazer a estátua a Passos Coelho
O SECRETÁRIO de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, propôs " que se comecem a tirar medidas para erigir a estátua ao primeiro-ministro", sugerida pelo presidente executivo da Mota_Engil. Jorge Coelho, pelos resultados de exploração positiva no transporte público.»
* negrito de minha autoria
 

10 setembro 2012

Pária

há dias cheguei a uma curiosa conclusão: sou uma pária nesta sociedade.

01 junho 2012

Regime de faltas dos “funcionários públicos” com assento no Parlamento, pagos com o nosso suado dinheiro, e definido pelos interessados .


«Diário da República, 1.ª série — N.º 60 — 26 de Março de 2009   1897
Resolução da Assembleia da República n.º 21/2009
Aprova o regime de presenças e faltas ao Plenário. A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, o seguinte:
1 — As presenças nas reuniões plenárias são verificadas  a partir do registo de início de sessão efectuado pessoalmente por cada Deputado, no respectivo computador no hemiciclo.
2 — Os serviços registam oficiosamente na base de dados que faz a gestão das presenças, a partir dos elementos de informação na sua posse, os Deputados que, por se encontrarem em missão parlamentar, não comparecerem à reunião.
3 — Aos Deputados que não se registem durante a reunião ou não se encontrem em missão parlamentar é marcada falta.
4 — Os procedimentos referidos nos números anteriores reportam -se a cada reunião, podendo esta repartir -se por vários períodos num só dia.
5 — Para efeitos da eventual aplicação de sanções, apenas releva uma falta em cada dia, prevalecendo a  referente às reuniões plenárias, no dia em que estas tenham lugar.
6 — Os Deputados têm o direito de apresentar justificação para as faltas, nos termos estabelecidos no respectivo Estatuto e no Regimento, observando as respectivas exigências de fundamentação.
7 — A palavra do Deputado faz fé, não carecendo por  isso de comprovativos adicionais. Quando for invocado o motivo de doença, poderá, porém, ser exigido atestado médico caso a situação se prolongue por mais de uma semana.
(….)»

Nota pessoal : Regime de faltas dos “funcionários públicos” com assento no Parlamento, pagos com o nosso suado dinheiro, e definido pelos interessados .
Negrito e afins de minha autoria

22 maio 2012

Manguito

Hoje, no noticiário da SIC notícias, da boca e do rosto sorridente, feliz e desanuviado do 1º ministro Passos Coelho, ouvi:

«...espero que os portugueses se sintam confortados com essas observações...» 

   Imediatamente me vieram à ideia as múltiplas faces da violência doméstica e as palavras de "(falsas) tréguas" dos agressores.

Senhor 1º ministro,...... confortados? 

 Olhe, vá gozar com outros!

15 maio 2012

dar a mão à palmatória

Tenho de dar a mão à palmatória!
O nosso 1º tem razão: 
   - o desemprego é criador de novas oportunidades, de mudanças de vida...E COMO A NECESSIDADE É A MÃE DO ENGENHO 20 e muitos cidadãos com as casas hipotecadas aos bancos, sem poderem continuar a pagá-las, arranjaram documentos comprovativos de nada deverem, de as casas não terem hipotecas, e venderam-nas a outros particulares.... CRIATIVIDADE, ENGENHO E...MUDANÇA DE VIDA...na cadeia! 

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03 fevereiro 2012

intemporais lições politicas -. como nos lixarem

Do séc. XVII ao XXI - de como lixar sempre os mesmos...
1661 - DIÁLOGO ENTRE COLBERT E MAZARINO DURANTE O REINADO DE LIÍS XIV
(Mazarino e Colbert - Google)

Colbert foi ministro de Estado e da economia do rei Luiz XIV.

Mazarino era cardeal e estadista italiano que serviu como primeiro-ministro na França. Notável colecionador de arte e joias, particularmente diamantes, deixou por herança os "diamantes Mazarino" para Luís XIV em 1661, alguns dos quais permanecem na coleção do museu do Louvre em Paris.


O diálogo:

    -
«Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar (o contribuinte) já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço...
  -  Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a se endividar... Todos os Estados o fazem!
  
 - Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criamos todos os impostos imagináveis?
  - Mazarino: Criam-se outros.
   - Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
  - Mazarino: Sim, é impossível.
   - Colbert: E então os ricos?
  - Mazarino: Sobre os ricos também não. Eles deixariam de gastar. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
    -Colbert: Então como havemos de fazer?
 - Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: São os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles  trabalharão para compensarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável.»


24 janeiro 2012

o que se faz no mundo com a razão e a desrazão


«O que se fazia no mundo com a voz da desrazão ia muito além do que se fazia por boa vontade e por justiça.»
BESSA-LUÍS,Agustina (2001). O Princípio da Incerteza, Jóia de Família.Lxª: Guimarães Editora (211)

22 janeiro 2012

excerto de "Lição sobre o poder", por B. Brecht


Se os tubarões fossem homens também haveria arte entre eles, naturalmente. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores magníficas, e as suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos a nadarem com entusiasmo rumo às gargantas dos tubarões.
E a música seria tão bela que, sob os seus acordes, todos os peixinhos, como orquestra afinada, a sonhar, embalados nos pensamentos mais sublimes, precipitar-se-iam nas goelas dos tubarões.
Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa no paraíso, ou seja, na barriga dos tubarões.
Se os tubarões fossem homens também acabaria a ideia de que todos os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores até poderiam comer os menores. Isso seria agradável para os tubarões, pois eles, mais frequentemente, teriam bocados maiores para comer.
E os peixinhos maiores detentores de cargos, cuidariam da ordem interna entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, polícias, construtores de gaiolas, etc. Em suma, se os tubarões fossem homens haveria uma civilização no mar.»

21 janeiro 2012

Vida e vistas do Porto de há 100 anos em filme

Recebi de um querido amigo (grata sou) e assim partilho.
«Alguém sabe o que era o Pathé-Baby? Não? Era um formato de filme de 9,5 mm. que, ao contrário dos outros formatos(8, 16, 35 ou 70 mm); não tinha os furos para arrasto no lado da película, mas no meio, entre cada duas imagens. Como resultado, o tamanho da imagem era quase igual ao do 16 mm, pois aproveitava toda a largura da película. Tinha a desvantagem de o gancho de arrasto facilmente sair do sítio e estragar a película. Para minimizar isso, alguns projetores tinham dois ganchos de arrasto, que "apanhavam" dois furos sucessivos. O formato estava relativamente vulgarizado, e até havia representantes da marca. 
No Porto, era em Santa Catarina, não muito longe do Via Catarina, mas do lado oposto. 
 Encontrei no Youtube esta preciosidade. Filme do Porto e do Minho com cerca de 100 anos.»
e + ou - 100 anos depois, enquanto cidadã atenta e preocupada pergunto-me:
 Cavaco Silva está senil ou imbecil?

20 janeiro 2012

dizem...


Dizem que dormimos menos à medida que envelhecemos!
Então, silogisticamente
(favor não verificar a correção do silogismo.;D) )
concluo:
(Eu, por Ana Eugénio)
  • ·         Os velhos necessitam dormir menos
  • ·         Estou a dormir quase o dobro
  • ·         Logo... estou a rejuvenescer!


a questão que se coloca é: ONDE É QUE EU/ ESTE FENÓMENO VAI PARAR?
                aqui, ou...ali?

                              SOCORRRROOOOOOOOOOO

Últimas 3 fotos, do Google

19 janeiro 2012

CIDADE - 2 poetrix

do Google

Cidade I

perigo
expostos golpes
ruínas.
Foto por Conceição Paulino

Cidade II
Urbana
Urbanidade
Risco e liberdade

Conceição Paulino
S. Mamede de Infesta, segunda-feira, 16 de Janeiro de 2012

18 janeiro 2012

alguma alma caridosa e atenta me diz quantos PACKS mais além do Pack 4?

Soneto de José Régio escrito em 1969, no dia de uma reunião de antigos alunos.
Tão atual em 1969, como hoje... 
 E depois ainda dizem que a tradição não é o que era!!!   



«Soneto quase inédito
        
Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.» 

JOSÉ RÉGIO

17 janeiro 2012

canção imperdível, palavras, emoções a percorrerem o mundo em diferentes vozes e instrumentos

conheces? NÃO? não sabes o que perdes


Olimpo (bar café) do amigo Luís Beirão e outros

Abre às 17:00.

Seg - Sex:17:00-2:00
Sab:15:00-2:00





O nome refere-se ao Monte Olimpo, na mitologia grega, morada dos 12 deuses principais. 



Este "nosso" Olimpo
  • Possui um primeiro andar (café), 
  • um patamar intermédio, 







  • um segundo andar (fumadores) e esplanada. 
  • Na sua programação constam, essencialmente, eventos culturais, ligados às artes, música, fotografia, desenho, pintura, design, literatura, poesia, artes plásticas, etc. 
  • Destina-se a gente que gosta de se cultivar, aprender e conviver de forma  descontraída 


Abre às 17:00.

Seg - Sex:17:00-2:00
Sab:15:00-2:00



16 janeiro 2012

correndo ou...fugindo?


O mundo (social e cultural) que construímos é alucinado e alucinante.
Desligamo-nos do planeta, do ritmo da vida e da criação, das estações, do nascer e por do sol e da lua, do ritmo das marés e do pulsar geral da terra-mãe.
Colocamo-nos acima das restantes espécies (animais e vegetais) que connosco coabitam. Com que direito?

Criamos ilusões que transformamos em objetivos de vida e que a tudo se sobrepõem.
Até a nós, seus criadores.

Mas ainda assim sentimos esta contínua e inextinguível fome e sede de felicidade. Queremos, a todo o custo ser felizes!
Lembremos então, com N. Hawthorne, que «A felicidade é como uma borboleta que, quando perseguida, está sempre além do nosso alcance, mas que, se nos sentarmos calmamente, pode pousar sobre nós.»
Conceição Paulino

15 janeiro 2012


longe vão as aves

longe vão as aves
em seu matutino voo.

novos mundos
nascem
cada dia  que
renasces o mundo
renovas

em teu riso o sol
se ilumina e
se acalenta a alma

de regresso estão
as aves a festejar
o começo dos dias.
Conceição Paulino

13 janeiro 2012

numa adaptação do "se" de Kipling, o olhar do autor sobre o amorfismo nacional

Pessoalmente agradeço, ao autor, a possibilidade de divulgação que me deu.
 Grata meu querido amigo António Oliveira.

Esta a introdução que o autor me enviou:

«Numa adaptação “forçada” do “Se” de Rudyard Kipling, deixo a maneira como encaro austeridades (sempre para os mesmos!) as mentiras que as justificam, as nomeações para os amigos, a “morte” para quem tem mais de setenta anos e tudo o resto que esta gentalha anda por aí fazer.»


troikados!


Se és capaz de manter a calma, quando
todo mundo ao redor já a perdeu e te olha,
e de acreditar quando todos duvidam,
e para esses ainda encontras desculpa,.

se és capaz de esperar sem desesperares
e, enganado, não mentires ao mentiroso,
ou odiando, até do ódio te defenderes,
sem nunca te pensares bom ou louco,

e se és ainda capaz de pensar e sonhar
sem fazeres dos sonhos teus senhores e,
encarando esta gente, ainda conseguires
tratar da mesma forma todos os impostores,

se és capaz de aguentar a dor de ver mudadas
em artimanhas as verdades em que acreditaste,
destroçadas as coisas por que deste a alma,
e as queres refazer com o nada que te vão deixar,

se és capaz de arriscar sem refilar
tudo quanto sonhaste na vida e,
ao perder, porque vais perder!, e sem dizer nada,
resignado, voltas a acreditar e a partir, 

e de forçar coração, nervos, músculos, que é só
o tudo que não te conseguem tirar,
e porfiar assim quando, na miséria, ainda
 há em ti a vontade  que te ordena: persiste!

se és capaz de, entre matreiros não te corromperes,
e entre estes políticos, não perder a naturalidade,
e dos bons amigos te defenderes,
e se, mesmo assim, continuas a acreditar,

e se ainda és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal da resignação algum valor e brilho,
teu é o governo com tudo o que te vai tirar aqui,
e – o que ainda é muito mais – estás troikado, meu filho!

                                                                  António M. Oliveira

10 janeiro 2012

Gestos com sentido

Gestos com sentido


caio
mas só
para me
levantar
caio.

esboço o gesto
penso-me
crisálida…

rasgo-me
para me renascer.
Conceição Paulino

09 janeiro 2012

a partir do poema "Esta Lira de mim - poema para Maria de Magdala - ver original no link abaixo



Que manto de silêncio assim te esconde* 
dos ávidos olhares que te buscam?                          
Perdidos os teus passos numa fronde
teu nome, lenda e força  ofuscam      
a memória que de ti roubaram.

O vão aviltamento superaste.                  
Eles, no esquecimento se quedaram                      
mas tu, no firmamento, perduraste.  
A lenda que o sem tempo deslumbrou!*
Maria Madalena, puro amor

d’alma cresceste,  tudo enfrentaste.
Sofreste mas, com ânimo e fervor,                                                                              
entre os astros um lugar ganhaste.
A boa nova, espanto e maravilha*
p’lo mundo, tempos fora, transportaste  

feita fonte, alimento e partilha.
Maria Madalena, ou Maria
de Magdala, ao Olimpo ascendeste.              
Nos céus brilhas, farol e nossa guia.
De Norte a Sul, de Poente a Este.

O turbilhão dos tempos te tragou*
num gesto leve, e à vida te ofertou.

Conceição Paulino
02.01.2012
S. Mamede de Infesta
* 4 versos do poema Esta Lira de Mim – poema para Maria de Magdala, de José-Augusto de Carvalho

07 janeiro 2012

abriu a caça ao cidadão comum


este modelo de intervenção (será fiscal?) chama-se "caça ao cidadão médio e pobre".
O incauto cidadão comum, médio trabalhador por conta de outrem (independentemente do vínculo ser com entidades privadas ou públicas) os pensionistas e afins,  levam cada cacetada que até vêem E.T's.


Os GRANDES infractores têm um tratamento diferenciado. 


Creio que o paradigma (há que usar uma palavra mais erudita em função de quem se trata). São ilibados sem se perceber muito bem como ou porquê. Arrastam.se os processos até prescreverem..., colocam os capitais em paraísos fiscais; fogem ao fisco colocando as sedes das empresas, firmas e sociedades em países vantajosos sob múltiplos aspectos económicos...


AH,  respiro de alívio...Afinal não foi muito difícil descobrir as medidas OU, não medidas que são aplicadas, quer aos grandes infractores - de crimes económicos ou outros - e ao (denominado) capital (empresários; agentes económicos vários, bancos, directores gerais, C.O's, políticos, etc) e seus detentores.


Sinto-me mais esclarecida, mas desconheço quantas mais marretadas, vocês que me lêem, e eu, vamos levar no curto e médio prazo. 
Não refiro o longo pois à força de tanta paulada não vamos chegar lá.
MAS...como não há bela sem senão não ficamos por aqui.
Vejamos:
Assim vivemos, cada vez mais, a nossa relação com o estado....
...ataca e esconde a mão...
Onde é que esta relação de falsa-fé nos vai levar?Que andamos aos trambolhões sabemos. Estamos sempre a dar com os costados no chão ou a levar bordoadas...Ai isso sabemos bem pois elas doem e se não matam, por enquanto - a continuar assim mão tardamos a cair que nem tordos...