a que propósito, se o fado é coisa de país de brandos costumes e onde este felino não existe desde tempos imemoriais? isto presumindo que na evolução do planeta e das espécies, quando havia um só continente, por aqui pudesse andar. ou os seus antepassados… se o fadista for mau o melhor é recolher a penates, ou seja, a casa, e aos amorosos braço de Morfeu.
vão por mim…
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e estes ficaram - não na gaveta, mas no P.C.
Agora ofereço-os a quem os quiser ler
soberania perdida
antes era senhora
soberana de mim.
de minha vida.
um vento estranho
chegou
alterando a situação.
sentira-lhe a batida.
uma leve oscilação
a correr-me por dentro.
agora, perdida
na vasteza daquele oceano,
navio sem rumo,
qualquer sacudidela
me estremecia os alicerces
que rugiam – tigre mortalmente
ferido num deriva
sem norte. cego
morcego sem radar.
só nos sonhos – quando
nos braços de Morfeu –
voltava a sentir o domínio
de meu ser.
acordar era interminável
queda por abismo
de dores.
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descobertas
lembro-me de meu padrinho sempre ter insistido comigo para o acompanhar a um jogo de futebol numa tentativa de me fazer gostar deste jogo designado por desporto-rei, que ele, com um sorriso de orgulho, denominava como o soberano de todos os jogos. um dia fiz-lhe o gosto. chegámos cedo. fomos dos primeiros a entrar no estádio. a vasteza do mesmo, á medida que enchia e se animava de gente, vozes e cor, foi bonita de ver. as bancadas cheias percorridas por frémito de emoções pareciam varridas por forte vento.
dentro do estádio uma intensa emoção, demonstrada pela constante oscilação dos adeptos fazia as bancadas semelharem engalanado navio navegando alterosas vagas de esfusiante alegria. nunca poderia imaginar uma tal situação se a não observasse.
as equipas fizeram a sua entrada e uma intensa vibração de emoções, expressa numa sacudidela percorreu a mole humana ali disposta enquanto uma onda de entusiasmo corria por todos, até a mim – mero observador – contagiando.
o árbitro deu início ao jogo e Oceano, com uma fortíssima batida pôs o esférico em acção. os jogadores em campo moviam-se a uma velocidade impensável com movimentos felinos semelhando poderosos tigres atrás da presa.
por instantes desviei os olhos do campo e, de pé, observei a multidão. sentei-me sorrindo ao pensamento de que ali Morfeu não tinha sorte. todos pareciam mais acordados, atentos e vigilantes do que alguma vez vira.
6 comentários:
Olá.
Deambulei por aqui.
E desejo que a felicidade esteja por aí.
Manuel
GOSTEI DOS TEXTOS E DO POEMA.
BJS
TD
O teu texto publicado no Eremiterio está muito bem conseguido. Tem graça que comecei a lê-lo sem ver de quem era e pensei logo que era teu o que depois, confirmei, mesmo antes de o acabar.
Este que não foi publicado também está bom.
Desejo um bfs.
De novo e com muito gosto coloquei dois poemas teus no BEJA-Dando voz aos Poetas.
Há momentos em que abandonamos um pouco este mundo mas o destino não quis que fosse definitivo desta vez. São instantes em que os amigos não esquecem e nos rodeiam com a sua amizade. Muitos desses amigos me vieram à memória e ficaria com pena se as eles não lhes dissesse adeus. Mas tudo volta a estar bem e recomeço as visitas a quem tenho no coração.
Beijos para ti. Abraço para o António
Querida Tmara,
Achei o seu poema sobre os três anões becas bicas e bocas muito engraçado, cheio de ritmo, e muito inovador! Parabéns de todo o coração,
Isabel
Parece-me um jogo giro. Ou estou a imaginá-lo giro. Enviar 12 palavras a algumas pessoas e pedir-lhes que mas devolvam à sua maneira... tealvez tente.
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