e já sabem, para lerem os textos de todos os participantes no 10º Jogo vão até ao Eremitério.
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de novo soou o ruído. um ruído nunca antes ouvido. novo e singular.
a rapariga quedou-se. atenta e alerta. de novo o barulho se fez ouvir cada vez mais forte e límpido. aumentou de intensidade. acentuou-se até anular todos os sons da casa. transformou-se num autêntico salsifré, uma cacofonia de sons emergindo do espelho de parede. riscos e cortes apareceram neste, até que estalou, caindo aos bocados.
dele saiu uma criatura escaganifobética. nem humana, nem animal. estupefacta a rapariga nem se mexeu.
a bizarra figura sacudiu-se, endireitou-se e um longo tufo de pelo dourado, aparentemente macio, no equivalente ao dorso ergueu-se em ondulante movimento.
a estranha figura viu então a estática rapariga e dirigiu-se-lhe com uma serena voz de contralto:
a rapariga quedou-se. atenta e alerta. de novo o barulho se fez ouvir cada vez mais forte e límpido. aumentou de intensidade. acentuou-se até anular todos os sons da casa. transformou-se num autêntico salsifré, uma cacofonia de sons emergindo do espelho de parede. riscos e cortes apareceram neste, até que estalou, caindo aos bocados.
dele saiu uma criatura escaganifobética. nem humana, nem animal. estupefacta a rapariga nem se mexeu.
a bizarra figura sacudiu-se, endireitou-se e um longo tufo de pelo dourado, aparentemente macio, no equivalente ao dorso ergueu-se em ondulante movimento.
a estranha figura viu então a estática rapariga e dirigiu-se-lhe com uma serena voz de contralto:
- assustei-te? desculpa. foi sem querer. compreendo que te pareço muito estranho. Sou uma figura mítica criada pelos gregos numa fábula de Ésopo. conheces? não? adiante…
tenho andado perdido. à deriva em mundos alternativos, mas a vida neste mundo é um bem supremo de que nunca quis abdicar pelo que, há séculos que, com paixão, procuro o caminho que me permita renascer como humano.
Eduarda, assim se chamava a rapariga, abriu a boca para falar mas só ininteligíveis sons se ouviram.
A escaganifobética figura fez-lhe uma gentil vénia, reiterou o pedido de desculpas, acrescendo:
- lamento ter-te partido o espelho, mas abençoado este seja e tu, por terem permitido libertar-me. saúdo-te e me vou. adeus e que os deuses te protejam.
por fim, num inaudível murmúrio, Eduarda conseguiu pronunciar:
- adeus. boa sorte.
1 comentário:
Está óptimo mais este!! Brincaste deveras...beijinhos.
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