Os cavalos do tempo são de vento.
Têm músculos de vento,
nervos de vento, patas de vento, crinas de vento.
Perenemente em surda galopada,
passam brancos e puros
por estradas de sonho e esquecimento.
Os cavalos do tempo vão correndo.
Vêm correndo de origens insondáveis,
e a um abismo absoluto vão rumando.
Passam puros e brancos, livres, límpidos,
no indescontínuo imemorial esforço.
Ah! são o eterno atravessando o efémero:
levam sombras divinas sobre o dorso...
TASSO DA SILVEIRA, in Regresso à Origem, 1960
2 comentários:
TMara,
belo poema, não conhecia o poeta! obrigada p'la partilha e divulgação.
boa semana
um sorriso :)
mariam
ah!dei um passei pelos blogs de quem conheci no dia 5, com excepção de MJosé Ryder(?), poderá dizer-me qual o seu blog? obrigada.
e volte sempre.
errata:"passeio"
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