e, como podem ver sou um felino (bonito e gentil diga-se em abono da verdade e quem diz a verdade não merece castigo nem epípetos tais como vaidoso).
Parou no corredor de serviço a olhar-me interrogativamente como quem pensa: "Hummmm, será que quer acabar a pisadela?"
Vivo, provisoriamente - há 2 anos - com esta minha amiga humana, mãe da minha amiga nº1 que está fora.
Damo-nos bem, é simpática, mas, como todos os humanos, extremamente desajeitada pois volta e meia lá vem uma calcadela.
Curiosamente ela ri-se e diz que sou muito grande e pareço um jogador de "sumo"..."EU" sou grande? Ela é que é gigaaaaaaaaaaante!
Bom, vou deixá-la falar:
«Hoje em dia os felinos "nascem" debaixo dos meus pés.
Como cogumelos... e eu fico a parecer o karaté Kid, só que não sou kid, nem pratico karaté, etc, etc...dá para perceber, não é?
Fico muitas vezes em posições instáveis com uma perna no ar, os braços abertos a procurar equilíbrio, em qualquer coisa como a posição da GARÇA só que para garça estou mal.
Fico muitas vezes em posições instáveis com uma perna no ar, os braços abertos a procurar equilíbrio, em qualquer coisa como a posição da GARÇA só que para garça estou mal.
Nem asas nem leveza, e, infelizmente menos agilidade...
Bom, hoje ao colocar algo na banca do meio da cozinha - estava a lavar loiça - num ligeiro movimento de rotação mais do que de deslocação e é claro que com um movimento destes um pé deixou levemente o solo para se reposicionar...
Bom, hoje ao colocar algo na banca do meio da cozinha - estava a lavar loiça - num ligeiro movimento de rotação mais do que de deslocação e é claro que com um movimento destes um pé deixou levemente o solo para se reposicionar...
Foi então que senti algo fofinho debaixo do mesmo pelo que nem cheguei a acabar o contacto com o solo.
O Balti abalou a correr, fugindo da pérfida "quase-agressora".
O Balti abalou a correr, fugindo da pérfida "quase-agressora".
Como é costume chamei pelo nome do lesado pedindo desculpa...
Parou no corredor de serviço a olhar-me interrogativamente como quem pensa: "Hummmm, será que quer acabar a pisadela?"
Via-se a dúvida em seu olhar.
E ao meu reiterado pedido de desculpas, levantou a patinha "magoada" - da qual não coxeava pois fugia ligeirinho com as 4 em contacto com o chão e, com ela no ar, em tom ofendido, mas gentil como ele, deu-me uma miadela a acusar-me do quase-crime.
E ao meu reiterado pedido de desculpas, levantou a patinha "magoada" - da qual não coxeava pois fugia ligeirinho com as 4 em contacto com o chão e, com ela no ar, em tom ofendido, mas gentil como ele, deu-me uma miadela a acusar-me do quase-crime.
De seguida pousou-a, virou-me a cáudófila e lépido zarpou para sul. »
8 comentários:
Bonito o texto sobre a calcadela infringida ao Baltazar. Gostei. Abraços
António
Como conheço o Baltazar estou a imaginar a cena que tão bem descreveste. Quanto aos meus é ao contrário, sou eu que várias vezes tropecei e acabei por cair, não me magoando fortemente, mas apenas por sorte.
Bjs a ti a ele e restante familia felina
TD
Ah grande Baltazar!
"Crida" Conceição,
Um texto que é a sua cara, em matéria de humor. E bem sacado, mostrando o ponto de vista do felino e de sua dona. Infelizmente, não gosto de gatos, nem de cachorros. Com todos os seus defeitos, ainda prefiro o bicho humano.´Beijos
Cá estou de novo pois as saudades dos amigos/as não permitiram maior ausência.
Beijos
Engraçada, no sentido de espirituosa estória. E sim, os gafos são animais muito uinteressantes pelo que nem duvido de algum tipo de comunicação. Vim retribuir a visita, a solitária e única visita, pelo menos registada. Obrigado.
Fiquei impressionado com tua actividade na blogosfera e este blog está quase a fazer 4 anos....è muita coisa.
Até um destes dias.
Olá Baltazar, prazer em conhecer-te.
Agradeço de coração as tuas palavras deixadas no "Beja" e que me sensibilizaram.
Gostei da tua "aventura" com o Baltazar...
Bjs
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