«E eu a dizer que sim…
E eu a dizer que sim eu a julgar que sim e afinal não. E enquanto eu dizia e pensava que sim a mulher falava e sem lhe ouvir as palavras nem mesmo a olhar sabia que tudo nela dizia que não.
A vida a correr louca e nós cavalos com freios cada um a julgar para seu lado a julgar que julgávamos pensávamos e queríamos o mesmo, mas não.
Porque o real é uma coisa e o que cada um julga acha pensa, e disso se convence, outra.
E cada um a julgar que sim só que o sim de cada um era coisa diversa. Eu a julgar que a nossa diminuta conversa, comunicação, se devia ao facto de nos entendermos até no silêncio às escuras, vendados os olhos nos encontrarmos nos reconhecermos para além da pele. Mas não. Eu a julgar que sim mas não e ela, a mulher, a julgar diferente do que eu julgava. A julgar-me e a raiva insidiosa a crescer nela como o filho que nunca parimos.
E ela a falar e eu a julgar que sim sem a ouvir porque não era preciso ouvi-la. Sabia-a. Conhecia-a. Reconhecê-la-ia. Às escuras vendado cego sem tacto. Reconhecê-la-ia para além da pele. Eu a julgar que sim.
Mas ela mulher, já não égua nem cavaleira, mulher-centauro, abalara à desfilada a inventar novos caminhos a criar mundos que eu desconhecia, nem julgava possíveis, enquanto continuava estirado na cadeira da varanda a julgar que sim a ler o jornal os livros a fazer palavras cruzadas a desvendar charadas porque para mim tudo era manso lago antigo e seguro reconhecido e único território inamovível e inalterável em rotinas de bem-estar harmonia compreensão. Para lá das palavras.(...)»
E eu a dizer que sim eu a julgar que sim e afinal não. E enquanto eu dizia e pensava que sim a mulher falava e sem lhe ouvir as palavras nem mesmo a olhar sabia que tudo nela dizia que não.
A vida a correr louca e nós cavalos com freios cada um a julgar para seu lado a julgar que julgávamos pensávamos e queríamos o mesmo, mas não.
Porque o real é uma coisa e o que cada um julga acha pensa, e disso se convence, outra.
E cada um a julgar que sim só que o sim de cada um era coisa diversa. Eu a julgar que a nossa diminuta conversa, comunicação, se devia ao facto de nos entendermos até no silêncio às escuras, vendados os olhos nos encontrarmos nos reconhecermos para além da pele. Mas não. Eu a julgar que sim mas não e ela, a mulher, a julgar diferente do que eu julgava. A julgar-me e a raiva insidiosa a crescer nela como o filho que nunca parimos.
E ela a falar e eu a julgar que sim sem a ouvir porque não era preciso ouvi-la. Sabia-a. Conhecia-a. Reconhecê-la-ia. Às escuras vendado cego sem tacto. Reconhecê-la-ia para além da pele. Eu a julgar que sim.
Mas ela mulher, já não égua nem cavaleira, mulher-centauro, abalara à desfilada a inventar novos caminhos a criar mundos que eu desconhecia, nem julgava possíveis, enquanto continuava estirado na cadeira da varanda a julgar que sim a ler o jornal os livros a fazer palavras cruzadas a desvendar charadas porque para mim tudo era manso lago antigo e seguro reconhecido e único território inamovível e inalterável em rotinas de bem-estar harmonia compreensão. Para lá das palavras.(...)»
Excerto de um dos Textos InConSequentes que constituem a 2ª parte do livro
P.S - No lado drtº têm a foto do livro e o email da EdiumEditores
2 comentários:
Parece bem auspicioso o excerto do teu livro. Boas Festas para ti que pelo meu lado vou tentar com imaginação passar por cima desta época que para mim não existirá.
Bjs
TD
Olá
venho repassar a
CAMPANHA, SOU SEU FÃ!!!
´´´´´´´´´´´¶
´´´´´´´´´´¶¶
´´´´´´´´´¶¶¶
¶¶¶´´´´´¶¶´¶
´¶¶¶¶¶¶¶¶´´¶
´´´¶¶´´´´´´¶¶¶¶¶¶¶¶¶
´´´´´¶¶´Fô¶¶¶¶
´´´´¶¶´´´´´¶¶¶
´´´¶¶´¶¶¶¶´´¶
´´¶¶¶¶¶´´¶¶´¶´
´¶¶´´´´´´´´¶¶¶´
já ganhaste a tua, agora vou
ver se ganho a Minha Também. Passa para os teus AMIGOS,
e ganha mais Estrelinhas também.
Enviar um comentário