Fui convidada (gentileza que agradeço) a participar num
DESAFIO
que está aberto a quem quiser. Basta irem AQUI!
Este foi meu contributo.
Escrito não ao correr da pena, mas das teclas.
*
Teus gestos,
reflectidos na água
que dos olhos escorre –
feita espelho
de incontida dor –
e desliza na pele
cavando
profundos sulcos _
quase vales _
como se pedras
em desenfreada avalanche
onde o eco
das palavras persiste,
a ferir de morte.
Triste tela
onde o negrume impera
e os sentidos, perdidos,
não encontram o norte.
De tua voz
as duras palavras –
eco de desamor,
corpo sem formas –
murmuradas, mansas,
como se de amor,
ao redor da chávena do matinal café
sugaram-me força e vontade.
O esventrado corpo meu,
retalhos
de alma esvaída, jaz
algures, em longínquos
perdidos degraus da vida.
Tão mansa a tua fala
ao redor da mesa
do matinal café
quando disseste: “nunca te amei!
Era só sexo, e cansei”.
O esventrado corpo meu,
e a retalhada alma -
cacos nos degraus –
aguardam redentora chuva
que os faça erguer e
continuar a viver
vida plena,
cheia de audácia.
4 comentários:
A tua obra já está no Ar Tmara, Obrigado
Beijo
É sem dúvida um belo poema, vou espreitar o desafio que adoro-os!
Bjs
TD
Também participei no desafio.
Há lá textos muito bons!
Interessante!!!
Paulo
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