28 julho 2005

No Congresso dos 75 anos de, A Selva, de Ferreira de Castro - 1º olhar e sentir

No Congresso dos 75 anos de, A Selva, de Ferreira de Castro - 1º olhar e sentir
Ali estava eu, sentada, ouvindo falar sobre Ferreira de Castro, sua vida e obra.
Fechados os olhos, ardidos pela noite mal dormida, viajando pela selva amazónica através das palavras ouvidas e das representações construídas nas e pelas leituras.
A frondosidade da imaginação e da selva a ser ultrapassada pela dimensão humanista do autor sobrepujando-se a tudo o resto.
E também ali, posto a nú perante o nosso olhar, o olhar dele, viajante-menino intrépido que ao olhar-nos, através do retrato, com um compassivo e talvez melancólico olhar, fixo no longe das imensidões do Rio Madeira e da selva amazónica, a nú nos punha a nós.

12 comentários:

Anónimo disse...

Todos nós temos os livros que chamamos de cabeceira...e o nome de Ferreira de Castro, ficou ligado para mim a um livro que li, devido a um trabalho liceal, já lá vai muito tempo...o livro não era o célebre "A Selva", mas sim "A Missão"...já lá vão mais de trinta anos, no fim-de-semana num alfarrabista de Lisboa, lá estava "A Missão" a olhar para mim e aquela dúvida se deveria assinalar a missão e localizar para o inimigo a fábrica ou simplesmente acreditar na Sabedoria do Homem, por vezes tão ausente da sua memória... que lindo filme daria este livro, especialmente se o Robert Bresson ainda fosse vivo.
Beijinhos

Anónimo disse...

Ficamos nús sim e outras tantas vezes impotêntes.
Beijão

Anónimo disse...

vou-me ausentar..portanto aki fica o meu jinho e boas ferias :)

Humbertothewizard disse...

Ferreira de Castro é nitidamente um dos ícones da nossa literatura, e quem o leu certamente que não desgostou da ilustração narrativa, de uma natureza vibrante de cor e de vida, que encontra o seu expoente na selva amazónica, o conhecido pulmão do mundo. O bucolismo e a simplicidade das suas personagens, e o apaixonante rolo descritivo fazem-no figurar entre os deuses das letras mundiais, que tanto prestígio traz ao nosso país. Paralelamente, á sua inegável qualidade como escritor, transparece uma outra faceta, não só nesta sua obra, mas tambem no seu reportório. O estabelecimento de uma ligação fraterna entre dois povos de diferentes culturas e mentalidades, porém unidos pela mesma lingua e um passado comum. TMara foi justo o teu retrato desta selva de Ferreira de Castro, pois há muito que eu estava esquecido dele, pelo que agradeço. Aproveito a ocasião para divulgar o novo endereço dos Anjos. (Http://EsferadosAnjos.Blogspot.Com

Anónimo disse...

Frente à destruição só a melancolia nos acompanha.
Beijos, carinho.

JPD disse...

Olá TMara!

A Selva é uma obra admirável!
Já nem sei há quantos anos li esse livro. Mas é daquelas obras que se relê com extraordinário prazer.
A Amazónia é uma região do Globo que por mais que seja vista encerra em si um segredo e um enigma que permite todos os sonhos, mesmo para os menos audaciosos. Quanto aos crimes ecológicos que estão a ser praticados há apenas que acirrar a revolta...Outras questões, pois então.
Bjs

Anónimo disse...

E como não poderia deixar de ser, passei para te deixar uma enorme beijo e desejar-te uma boa semana :)

Å®t Øf £övë disse...

Passei por cá hoje para te desejar uma boa semana.
Bjs.

BlueShell disse...

Foi bom teres tocado nesse assunto. Já há tanto tempo que li o livro....


Outra coisa:
Estive fora mais de uma semana e ninguém sentiu a minha FALTA????

Ai, ai, ai....
Acabei de chegar. Depois conto PORMENORES...(alguns, apenas)...heheh
BShell...chegando do MAR AZUL!

Anónimo disse...

Eu nunca li "A Selva" e sei que é uma das maiores referências literárias do meu Pai e que era um dos livros favoritos da minha Mãe. Agora, as múltiplas referências que fizeste a esta obra, suscitaram-me uma enorme vontade de conhecer o universo narrado por Ferreira de Castro, no seu olhar sobre a Amazónia. Será uma das minhas próximas leituras, sim :-).
TMara, já tinha saudades de vir ao teu blog, de colher a tua visão sensível sobre temas tão diversos, de sentir a tua energia, no fundo... Um grande beijinho!

Mitsou disse...

Belíssima homenagem, amiga. Fiquei com vontade de ir buscá-lo à estante e relê-lo, muitos anos depois, com um outro olhar. Beijinhos muitos.

Anónimo disse...

já lá vão cerca de vinte e cinco anos e não mais esqueci, excelente romance de Heinz Konsalik - O Anjo dos Esquecidos, relato da vida de um Médico enviado para uma selva tropical, para proporcionar cuidados clínicos a doentes com Lepra. Cheirava-se e sentia-se todo o ambiente, como se lá estivéssemos, só para lembrar este autor, com "pegajosa" forma de escrever, ;) jokas